O Observatório da Imprensa, com sua aparente visão macro da cobertura jornalística, publica hoje um "PS" do jornalista Luis Weis sobre a cobertura do acidente com o GOL 1907.
Impressionante o tom de pega-pra-capar da cobertura do Estadão sobre o choque do Legacy com o 737 da Gol. O jornal decretou que os pilotos do jatinho são os únicos culpados pela tragédia. O fato de a Aeronáutica dizer que "é cedo" para saber a verdade parece não ter a menor importância. Compare-se o noticiário persecutório do Estado com o da Folha, que trata de perguntar antes de atirar e de ouvir antes de falar.
Em outro artigo, critica o Ministro da Defesa que estaria antecipando julgamentos.
Na quarta (4/10), o ministro considerou "lamentável" a afirmação do jornalista americano Joe Sharkey (que estava no Legacy") de que o sistema de monitoramento aéreo na Amazônia tem falhas. Ora, o repórter está no seu direito, o ministro é que deveria contestá-lo com fatos. Deveria, sobretudo, abster-se de explorar a dor dos que perderam seus parentes.
De antemão, não concordo com a observação do jornalista, que parece não ter lido o artigo de Joe Sharkey no NYT. O Ministro da Defesa fez até pouco, levando em consideração os termos em que o jornalista escreveu sua opinião e seu "direito". E a aeronáutica vem contrapondo tudo com fatos que podem ser lidos diariamente por quem acompanha este blog, citando inúmeras fontes além do próprio Estadão.
Dá a impressão que quem vem tentando politizar os fatos é de fato o próprio autor do artigo, Luis Weis.
Um comentário:
Sua análise está correta. Weis errou também.
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