O pânico, a desassistência, e principalmente a tradicional inoperância do poder público na área de saúde leva a população a fazer afirmações apressadas, que devem ser interpretadas muito mais como forma de protesto do que como leviandade. Mas muitas pessoas e instituições de reconhecida capacidade técnica, seriedade e competência são atingidas injustamente "no calor da batalha".
O RD de hoje traz a manifestação da Dra. Elizabeth Santos, Diretora do renomado Instituto Evandro Chagas (IEC), esclarecendo e reparando a declaração do pai de uma criança, afirmando que haveria um foco de mosquitos de dengue dentro da própria instituição. Com sólida formação científica, a Dra. Elizabeth não economizou informações sobre a questão, situando-a exatamente no contexto em que se produziu.
Explicou Elizabeth Santos que uma equipe de especialistas do IEC realiza um trabalho de monitoramento sistemático e permanente em todas as instalações do instituto para prevenir o aparecimento eventual de criadouros naturais do mosquito. Inclusive na piscina, disse ela, cuja água é tratada com cloro.
Sensível e de rara fineza no trato com a coisa pública, a diretora ainda se mostra tolerante e elegante nos esclarecimentos que faz.
Para a diretora do IEC, é compreensível o desespero dos pais numa situação assim, mas nada justifica que outras pessoas, inclusive através da imprensa, aceitem e passem a espalhar uma hipótese que não tem a mínima sustentação.
E finaliza com a declaração final que não deixa dúvidas de sua seriedade.
A diretora admite a circulação do mosquito pelas áreas do IEC, já que a cidade toda está infestada. “Mas daí a dizer que temos focos aqui dentro já é resvalar para o limite da irresponsabilidade”, observou.
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