Fidel está convalescendo e com tempo para refletir sobre os males do mundo. Contudo necessita apurar melhor a vista quando enxerga nos outros defeitos que não vê em si. Ao invés de se dedicar a esgrimir contra os biocombustíveis, bem poderia explicar porque Cuba não assina o tratado internacional anti-tabaco, produto de uma indústria poderosa que inutiliza e mata anualmente milhões de seres humanos. Quem sabe não tivesse uma economia limitada ao fumo e ao açúcar, o povo cubano não passasse fome quando a extinta URSS, a principal cliente da carteira de importação / exportação cubana, debandou do país nos idos 90, da noite pro dia.
Um comentário:
Antes, havia-se consolidado uma imagem romântica de Fidel como um líder na luta pelo comunismo no mundo. Não importa o que aconteça, ele sempre será lembrado de modo deificado por muitos. A despeito disso, a Comunidade de Estados Independentes teve que se bandear para a economia de mercado, a fim de sobreviver. Foi por que são países empobrecidos? Não necessariamente. Afinal, a China não tem problemas de caixa e fez a mesma coisa. Ao fazê-lo, ameaça se tornar em futuro próximo o que os Estados Unidos são hoje. Isso segundo analistas.
Enfim, Fidel será lembrado, também, como o homem que estagnou um país e condenou-o a um atraso de décadas. Quem sabe no futuro, quando Cuba não depender mais dele e um novo governante se render às exigências do mercado internacional, a cultura do fumo perca espaço para algum tipo de indústria?
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