O Quinta Emenda repercute notícia sanitária sobre o avanço da Leishmaniose no Marajó, municipio de Salvaterra. Deveras é uma questão interessante pelo que reflete sobre a ineficiência das secretarias de saúde no combate a vetores alados, como o Luztomia flaviscutelata (transmissor da Leishmaniose), o Aedes aegipty (transmissor da Febre Amarela e da Dengue) ou o Anopheles da Malária, o Culex da Filariose - doenças infecciosas de países pobres e sobejamente ignoradas como tema de pesquisa pelos centros científicos internacionais.
Quem ler a Folha de São Paulo de hoje, caderno Cotidiano, dará com matéria de igual teor sobre a mesma doença, em espalhamento, porém afetando o riquíssimo Estado de São Paulo.
Ajunta-se a esse rosário desvirtuoso a cidade de Sobradinho, satélite no Distrito Federal, distante 20 km de Brasília, a capital da República e segunda maior renda nacional. Há pelo menos seis anos a Leishmaniose corrre solta por lá e as diversas administrações da Secretaria de Saúde têm se dedicado exclusivamente a sacrificar cães doentes (400 execuções já foram praticadas), sem atentarem que tal medida contra o reservatório demonstra ineficácia a vista das estatísticas que denunciam o continuismo no ciclo reprodutivo do vetor. Daí fica fácil diagnosticar o pífio resultado sanitário como decorrente do aquecimento global, causa a ser aceita apenas por exclusão de outras, após rigorosa revisão do processo de combate à endemia.
Se, por outro lado, acrescemos ao vergonhoso quadro o fato que a cinofilia no Brasil está em franca expansão, a dignidade da inteligência gestora está, digamos, tão frágil quanto jejuna de eficiência institucional no que concerne ao tema da Leishmaniose. Não temos, por exemplo, sequer o estudo de avaliação da vacina Leishimune prometido desde 2005 pelo Ministério da Saúde, apesar do imunoterápico ser vendido livremente para uso em animais.
Pelo fato do governo ignorar solenemente essa vacina, os proprietários de cães vacinados não estão escapes de terem seus animais sacrificados pela vigilância sanitária municipal, em razão da soroconversão da vacina ser indistinguível daquela proporcionada pela doença. A questão, portanto, tem todos os indícios de que tomará o rumo dos tribunais a qualquer momento.
Logo, por essas e outras, fica irresistível parodiar Mário de Andrade, e afirmar: muita política na saúde, e pouca política de saúde são os males do Brasil.
Quem ler a Folha de São Paulo de hoje, caderno Cotidiano, dará com matéria de igual teor sobre a mesma doença, em espalhamento, porém afetando o riquíssimo Estado de São Paulo.
Ajunta-se a esse rosário desvirtuoso a cidade de Sobradinho, satélite no Distrito Federal, distante 20 km de Brasília, a capital da República e segunda maior renda nacional. Há pelo menos seis anos a Leishmaniose corrre solta por lá e as diversas administrações da Secretaria de Saúde têm se dedicado exclusivamente a sacrificar cães doentes (400 execuções já foram praticadas), sem atentarem que tal medida contra o reservatório demonstra ineficácia a vista das estatísticas que denunciam o continuismo no ciclo reprodutivo do vetor. Daí fica fácil diagnosticar o pífio resultado sanitário como decorrente do aquecimento global, causa a ser aceita apenas por exclusão de outras, após rigorosa revisão do processo de combate à endemia.
Se, por outro lado, acrescemos ao vergonhoso quadro o fato que a cinofilia no Brasil está em franca expansão, a dignidade da inteligência gestora está, digamos, tão frágil quanto jejuna de eficiência institucional no que concerne ao tema da Leishmaniose. Não temos, por exemplo, sequer o estudo de avaliação da vacina Leishimune prometido desde 2005 pelo Ministério da Saúde, apesar do imunoterápico ser vendido livremente para uso em animais.
Pelo fato do governo ignorar solenemente essa vacina, os proprietários de cães vacinados não estão escapes de terem seus animais sacrificados pela vigilância sanitária municipal, em razão da soroconversão da vacina ser indistinguível daquela proporcionada pela doença. A questão, portanto, tem todos os indícios de que tomará o rumo dos tribunais a qualquer momento.
Logo, por essas e outras, fica irresistível parodiar Mário de Andrade, e afirmar: muita política na saúde, e pouca política de saúde são os males do Brasil.
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