sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A eterna vigilância

A Organização Mundial da Saúde advertiu nesta semana que hoje reunimos condições para a disseminação mais rápida de doenças, como antes não se tem registro na história. Vivemos definitivamente em uma aldeia global em que a cada ano cerca de 2 bilhões de seres humanos usam transporte aéreo, deslocando-se rapidamente dentro de um mesmo país, entre países ou mesmo continentes, levando consigo agentes patogênicos nem sempre conhecidos da ciência. Um exemplo dessa situação, é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa - SARS -, que em 2003 se originou na China, disseminou-se rapidamente para 30 países e matou cerca de 800 pessoas.
Como reconhece a própria OMS: "nesse tempo apenas poucas horas separam o surgimento de uma epidemia regional de sua disseminação para outra parte do globo".

5 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Oliver
Acho que existe algum equívoco aqui.
SARA é o termo que nós intensivistas utilizamos para designar uma importante síndrome clínica de insuficiência respiratória severa associada a politrauma, infecções, pancreatite aguda, queimados, entre outros.
O caso em questão não seria SARI?
Abs

Itajaí disse...

Ooops! Na pressa da tradução troquei as siglas. Ainda bem que o forte da notícia não é o exemplo trocado. Desculpando-lhe o exagero do bairrismo especialista, obrigado pelo copydesk, que será sempre bem-vindo.

Carlos Barretto  disse...

E quando acaba, nem SARA nem SARI (que vem a ser a SARA das crianças com prematuridade).
Era SARS!!!!
:-)

Gui disse...

Sobre o assunto trascrevo trecho do livro "Três epidemias - lições do passado" (Editora Unicamp) de Rachel Lewinsohn, médica de origem polonesa, formada no Brasil, e que discorre sobre a Peste Negra, a Cólera e a Doença de Chagas, de forma magistral:

" O principal enfoque da investigação de todas as deonças, em particular as infecciosas, não pode mais ser apenas, ou mesmo essencialmente, médico ou microbiológico. Sob pena de termos que enfrentar epidemias e pandemias sem precedentes, os problemas da infecção endêmica e epidêmica precisam ser abordados de modo multidisciplinar, integrando dados colhidos nas mais variadas áreas de conhecimento. Além da medicina, microbiologia, epidemiologia e disciplinas congêneres, precisamos nos valer de todas as demais ciências da vida: ecologia, oceanografia, biologia marinha; mas também das ciências da terra e espaciais (satélites); de todas, enfim, que aumentem o nosso cabedal de de conhecimentos, a fim de que possamaos adotar medidas prospectivas ao invés de retrospectivas, como tem acontecido até agora. sosmente assim poderão ser evitadas novas pandemias de cólera e outras doenças transmissíveis". (p.105)

Anônimo disse...

Pois é, amigos. E sabem quem primeiro descreveu a SARA? Foi o notável Sir William Osler, meio que no fim do XIX , início do XX!! Esse troço é antigo pra caramba. Gui, não conhecia esse livro. Quando puder, compro.
ABs.
Oliver