O texto abaixo é assinado por Roger Normando. Além de meu contemporâneo de Faculdade de Medicina e cirurgião de tórax de primeira linha, Roger é um pensador, um "garoto" afável, comunicativo, um jogador de bola compulsivo, alegre e especialmente uma excelente companhia para toda a vida.
Há tempos vinha notando seu interesse por livros e um mal disfarçado ímpeto de escrever algo além de livros técnicos (que ele já faz muito bem). Mesmo sabedor de sua real capacidade, tentava imaginar sobre qual assunto Roger escolheria para um dia, colaborar conosco aqui no Flanar.
Apesar de conhecê-lo desde a juventude - onde o tinha como pessoa com, no mínimo, sensibilidade acima da média, identificando nela potencial para uma vasta gama de aplicações - nossa intimidade prejudicada por caminhos diversos ao longo de nossa vida profissional, não me deixava antever qual o texto de estréia.
Qual não foi minha surpresa ao ver o texto abaixo versando sobre um personagem polêmico, como El Che, e mais ainda ao ver seus conhecimentos sobre o Osvaldão, líder da Guerrilha do Araguaia, só recentemente destrinchada por autores nacionais baseados em documentos liberados pelos porões.
Mostrando que vem acompanhando como bom "lurker" o andamento do blog, seus objetivos e regras, Roger faz um texto corajoso. Como se já trilhasse há muito as armadilhas e virtudes da escrita. Ele, com sincera humildade (???), pediu-me que "avaliasse" o texto antes de publicá-lo.
Quem acompanha meus textos mal escritos, extraídos no afogadilho do cotidiano, deve entender o tamanho do constrangimento que senti diante de tal solicitação.
"Mas tenho que avaliar o quê? - pensava eu
Deixemos que os leitores julguem e discutam livremente. A eles cabe esta missão de avaliar discutir, contrapor, acrescentar, diminuir, etc. A nós, basta ousar botar a cara a tapa e participar das discussões como responsáveis por levantar as lebres. E quantas levantamos aqui diariamente, expondo-nos a processos judiciais incabíveis, daqueles que na verdade pouco sabem conviver na democracia, ou mesmo com nenhuma educação para a vida em sociedade.
Sorte que neste perfil são poucos. Na verdade a imensa maioria daqueles que nos frequentam e honram com sua leitura diária parecem ser pessoas apenas discordantes ou concordantes, dispostas de fato a crescer na saudável divergência e contraposição de idéias.
Cabe-me apenas o prazer de receber esta inestimável colaboração e fazer uma breve mas agradecida apresentação do nobre amigo, deixando-lhe a decisão de manter colaborações esporádicas ou associar-se de vez ao Flanar, metendo literalmente "o pé na jaca".
2 comentários:
Por esta novidade eu não esperava, Barretto. Que bela surpresa!
Nem eu, FRJ.
Nem eu.
:-)
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