É de se recordar que, anos passados, a Câmara Municipal de Belém aprovou projeto de lei do vereador Gervásio Morgado que aumentou o gabarito de construção no Umarizal, em especial na Avenida Pedro Álvares, tornando possível o plantio de arranha-céus no até então aprazível bairro.
À época, o buxixo foi de que o tal projeto visava beneficiar a construtora Roma, do empresário Rômulo Maiorana Jr., amigo do vereador, que pretendia construir um condomínio de luxo na avenida, em frente à baía do Guajará. O prédio não saiu, mas outros se beneficiaram da medida.
Agora, noticia a coluna Repórter Diário, do Diário do Pará, que o Legislativo mirim sofre novas pressões, para permitir a elevação do limite de construção na Cidade Velha.
Elementos de persuasão não faltam para as construtoras. Alavancadas pela abertura de seus capitais na bolsa de valores, incorporadoras e empreiteiras do sul do país transformaram Belém na mais nova fronteira a ser conquistada, o atual Eldorado da construção civil no país. Ao ter firmado parceria com as empresas locais, ganham muito em poder político e conhecimento do mercado e dos meandros administrativos e legais.
Tornando a Cidade Velha alvo de suas investidas, deixam de somente aumentar a temperatura média do clima local – fato já verificado por instituições de pesquisa – para também passar a gerar riscos ao patrimônio histórico municipal.
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