sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

...
Os meus olhos ardentes se escurecem
E no cérebro passam delirosos
Assomos de poesia. . . Dentre a sombra
Vejo num leito d'oiro a imagem dela
Palpitante, que dorme e que suspira,
Que seus braços me estende. . .
Eu me esquecia:
Faz-se noite, traz fogo e dous charutos
E na mesa do estudo acende a lâmpada...

(Álvares de Azevedo. Poemas malditos. 3.ed. Francisco Alves, 1988)

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