sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Glenn Gould toca Bach
Glenn Gould foi, segundo a crítica especializada, o melhor intérprete de Johann Sebastian Bach de todos os tempos. O pianista canadense, com suas interpretações excêntricas, deixou de realizar concertos em 1964, passando a dedicar-se exclusivamente a gravações em estúdio. Gould morreu em 1982, prematuramente, aos 50 anos de idade, em conseqüência de um acidente vascular cerebral.
Embora sua formação fosse de pianista, Glenn Gould também realizou gravações de Bach no cravo, instrumento que precedeu e deu origem ao chamado pianoforte, e que, ao contrário deste último, já existia na época do compositor alemão.
O melhor de tudo é que Glenn Gould viveu em nosso tempo e, por isso, há centenas de gravações de suas performances, registradas em vídeo ou somente em som. A mesma sorte, por exemplo, não tivemos com Enrico Caruso, tido como o maior cantor lírico da história, mas que por ter vivido na virada do século XIX para o XX, não teve sua obra trazida para a contemporaneidade.
Sobre a vida de Gould, há alguns filmes muito interessantes, tecidos sob a forma de documentários. O mais recente deles é Glenn Gould - Além do Tempo (Glenn Gould - Au-delà du temps, França, 2004); o mais significativo e mais conhecido, porém, é Thirty two short films about Glenn Gould, criação canadense de 1993, cujo título remete às 32 Variações Goldberg, obra de J. S. Bach que rendeu fama mundial a Gould, e ao fato do pianista ter encerrado sua carreira de concertista aos 32 anos.
Glenn Gould viveu como poucos a imagem de artista excêntrico, avesso ao contato com o público. Diz-se que, na realidade, ele sofria da síndrome de Asperger, uma forma mais branda de autismo. Por uma ironia do destino, este fato contribuiu para fixar sua fama de gênio.
No vídeo que escolhi, o gênio canadense toca a Fuga n. 9, em mi maior, do Livro II do Cravo Bem Temperado, coleção de prelúdios e fugas composta pelo gênio alemão por volta de 1744.
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