domingo, 17 de fevereiro de 2008

O professor nunca erra?

Cada indivíduo tem uma reação diferente quando erra, mas posso dizer por experiência própria que admitir o erro perante os alunos é bem mais nobre, além de reverter o jogo a seu favor. Eles sabem que dentro da sala o professor é a entidade que detém o conhecimento e a experiência, e que devem respeitá-lo por isso. Admitir o erro, neste caso, é uma demonstração de humildade, atenua o constrangimento e reforça sua condição humana sujeita a falhas.

Assim escreve o Professor Sthefan Berwanger no artigo O professor está sempre errado no Webinsider. Um interessante texto que pode ser discutido por aqueles que abraçaram esta carreira incompreendida e quase sempre mal remunerada.

8 comentários:

Itajaí disse...

Meu mestre de Matemática, o General Geraldo Daltro da Silveira, brincava de dizer que o professor quando erra é por culpa do aluno.

Anônimo disse...

Um excelente exemplo para aqueles que se insinuam professores e que estão "formulando" questões para os concursos promovidos pelo CEFET.

Meerstempel Badist disse...

um dos maiores defeitos da maioria de nós é não reconhecer o erro e realmente um professor que tem essa capacidade ganhará o respeito do alunos.

Yúdice Andrade disse...

Evidentemente, assino embaixo das idéias do Prof. Berwanger. Instintivamente, nunca tentei passar a meus alunos a imagem de perfectibilidade, pois não conseguiria perseguir um objetivo no qual não acredito. O esforço e a honestidade me parecem virtudes bem mais meritórias.
Todavia, essa franqueza é comlicada. As instituições e os alunos esperam por resultados, de um jeitoque professor algum está pronto a oferecer. Nem todo aluno tem a lucidez de ver que seu professor é humano. Às vezes, fazem testes, até de má fé. Nessas horas, o profissional pode se sentir acuado. Penso que o melhor seja não fazer o jogo.
Na maior parte do tempo, porém, o aluno está mais preocupado com os própeios resultados (alcançá-los ou escamoteá-los) e o professor acaba escapando de críticas mais duras. Acima de tudo, a educação exige clareza do que sabemos, do que podemos e do que pretendemos.

morenocris disse...

Oi Oliver. Amei o poema. Oi Gui, Yúdice, Francisco. E Flanar, parabéns pelo post. Falar de erros profissionais é cair na velha máxima do "ninguém é perfeito". Hoje a sala de aula é via de mão dupla, graças a internet. Mas, fiquei pensando em "erros". O que vc tem a dizer do erro médico? Esse não tem volta, não é mesmo?

Obs. Sem ofensas. É que o seu post é provocativo mesmo. Ainda bem. Parabéns, mais uma vez.

Beijos.
Boa semana.

Carlos Barretto  disse...

O erro médico existe e é terrível, Cris. Quando não leva uma vida, mutila, deforma ou piora sintomas pré-existentes.
Cabe-lhe punição adequada, em bem maiores proporções do que costumamos observar.
E cabe à sociedade se organizar para exigir sua adequada apuração e sentença.
O que não é justo, em nenhum caso é o linchamento, que algumas vezes é feito, em busca de sensação.
Afinal, nem tudo que reluz é ouro. E nem tudo que parece erro médico, de fato é.
Para todos os casos de erros profissionais, justiça.
Bjs

Francisco Araújo disse...

Oliver tem boa lembrança do Prof. Daltro...
O velho era assim mesmo... Mas apenas como ironia fina aos alunos, que o achavam o Deus da matemática...
Quando eu tinha seis anos de idade, entrei numa sala onde ele estava ensinando uns marmanjos...
Não sei porque... Meus olhos se fixaram no quadro (negro, naquela época)...
Fiquei muito tempo encucado com um simbolo que ele havia desenhado, no meio de algumas fórmulas...
Acho que foi ai que tomei gosto pela matemática...
Algum tempo depois descobri: era a radiciação!
Francisco Araújo

Francisco Araújo disse...

Oliver tem boa lembrança do Prof. Daltro...
O velho era assim mesmo... Mas apenas como ironia fina aos alunos, que o achavam o Deus da matemática...
Quando eu tinha seis anos de idade, entrei numa sala onde ele estava ensinando uns marmanjos...
Não sei porque... Meus olhos se fixaram no quadro (negro, naquela época)...
Fiquei muito tempo encucado com um simbolo que ele havia desenhado, no meio de algumas fórmulas...
Acho que foi ai que tomei gosto pela matemática...
Algum tempo depois descobri: era a radiciação!
Francisco Araújo