Por todos os títulos, Belém é hoje a terceira cidade da República: pela beleza natural, pelas grandes avenidas que a cortam em todas as direções, pela amplitude de suas praças, pelos seus ataviados jardins, pelo seu sistema de viação pública (talvez o melhor de todo o Brasil), pelo conforto da vida que ali se passa, nenhuma outra pode competir com ela, com exceção apenas do Rio de Janeiro e de S. Paulo. Manaus dispõe de melhores edificações, mas é menor e menos populosa.
Belém é, igualmente, uma cidade limpa, arejada, com defesa higiênica, bem policiada, com hábitos de elegância e de conforto, habitada por uma população inteligente e laboriosa, que sabe resistir desassombradamente as inclemências do clima e aos contratempos da fortuna.
Osório Duque-Estrada. O Norte (Impressões de Viagem). Porto. Livraria Chardron: 1909.
Belém é, igualmente, uma cidade limpa, arejada, com defesa higiênica, bem policiada, com hábitos de elegância e de conforto, habitada por uma população inteligente e laboriosa, que sabe resistir desassombradamente as inclemências do clima e aos contratempos da fortuna.
Osório Duque-Estrada. O Norte (Impressões de Viagem). Porto. Livraria Chardron: 1909.
3 comentários:
Com efeito, já li textos que retratam Belém dessa forma. Mas, acabada a pujança da era da borracha, parece que o povo também entrou em declínio. Seus hábitos perderam a elegância e se tornaram exemplos do que de pior se pode fazer na convivência social. Tendo nascido e passado toda a minha vida aqui, lamento profundamente, mas o texto de Duque Estrada não parece, definitivamente, referir-se a esta cidade.
Que resgate mais legal. Ótimo post Oliver.
É, Val-André, fomos felizes e não sabíamos.
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