quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Terra de Que Mesmo?

Com o assassinato de um pequeno empresário no aterro sanitário de Ananindeua, o público tem conhecimento de mafiosos cobrando pedágio no local, atividade que é organizada e comandada de dentro de presídio estadual. Os detalhes do crime denunciam o vergonhoso grau de insegurança na região metropolitana, exposta às escâncaras na sala da situação do jornalismo policial. E para quem quer ver, a inoperância da repressão à criminalidade.

6 comentários:

Anônimo disse...

Quem dera a criminalidade estivesse circunscrita ao guetos e presídios.

Quem conhece a problemática do lixo em Belém deve saber do que estou falando.

Caros amigos, pesquisem sobre como se dá a coleta de lixo hospitalar em nossa cidade. Como é feita a coleta de lixo pérfuro-cortante. Ou melhor, quem faz, quem autorizou a fazer? A prefeitura recolhe? Onde esse lixo é descarregado? O que é feito dele? Qual a relação disso com empresas de cimento? Onde esse cimento é utilizado?

Alguém já visitou o lixão ou uma tal usina de compostagem?

Percam o sono com isso!

Francisco Rocha Junior disse...

Só para quem quer ver mesmo, Itajaí. Para certo áulicos, que sempre aparecem pelos blogs, as críticas são ressentimentos da oposição, ou de DAS's que perderam a boquinha. Estes vivem como Alices no País das Maravilhas.

Itajaí disse...

Anônimo, fica o registro de seu comentário para proveito de quem se dedica ao jornalismo investigativo. Não é o nosso caso. O Flanar é apenas um blogue de opinião.
Obrigado pela visita.

Francisco, a época de por a culpa na inoperância passada já acabou. Sem resultados, sem perdão.
Abs.

Renato disse...

Caro Itajaí, sou professor da UEPA e temos um Projeto aprovado pelo Governo Federal pelo Pró-saúde (Programa de reorientação dos profissionais de saúde). Em nosso projeto escolhemos a área do Polo sanitário I, que engloba os bairros/comunidades de Aguas Lindas, Agua Branca, Aurá, Guanabara e Julia Seffer. Dia desses fazíamos uma visita a um desses locais para conhecer o local que servirá de base para nos encontrarmos com os alunos e pouco antes das 11 da manhã, passou um cidadão de bicicleta para saber o que estávamos fazendo lá. Depois de explicações, ele nos disse que estava tudo bem, mas que teríamos até as 11 para sair do local.
Recado dado, ordem cumprida que queremos continuar vivos.

Anônimo disse...

Caro Itajaí,

passei "batida" pelo post e só hoje li. Coincidentemente, quando fui buscar minha neta ontem à noite para este final de semana - Bia mora no Telégrafo - ela me mostrou em cinco minutos de caminhada da sua casa até o ponto de ônibis, três locais onde havia visto assaltos pela manhã, ao voltar com a mãe da escola. Ela não se referia só aos pontos: ela viu os assaltos, rápidos, sem que ninguém fizesse um gesto de ajuda ou proteção. Esse foi seu principal questionamento: por quê as pessoas não ajudavam?

Bia é criativa, sagaz e muito bem humorada - é bem melhor do que a avó - mas sei que nada do que me relatava era fruto da sua imaginação. E que sua dúvida a incomodava muito.

E eu, sempre falastrona, especialmente quando estou com ela, só consegui dizer: querida, tome bastante cuidado nas ruas. Nem sempre as pessoas podem ajudar.

Assim, como se todas as tragédias fossem fruto de descuidos individuais ou mera falta de atenção e não um estado permanente de truculência, desamparo e abandono coletivo.

Não, não me senti nada bem.

Um abraço.

Itajaí disse...

Bia e Renato, o estado de insegurança que nosso estado vive é cruelmente claro. Só não vê quem não quer, quem não pode e aqueles que os ombros sacodem.
Abs.