Na miserável Mumbai, encerrou-se mais um parágrafo do fundamentalismo islâmico. Entre as 195 vítimas a maioria são civis. Há quem defenda esse tipo de crime como forma de afirmação de uma nacionalidade ou de resistência e, então, desfiam uma série de argumentações que a mim provocam repulsa, nojo. Atos como esses em nada se diferenciam dos massacres de May Lai (Vietnã), de Chabra e Chatila (Israel) ou do famigerado ataque à Nova Iorque (Grande Islã). Todos são frutos da intolerância religiosa e do ódio político, todos são vítimas da profunda exclusão social que o mundo vive, capaz de tornar vítimas em bestas-feras. Para mim, os que usam a palavra como ordens vazias de sentido humanitário real, os que defendem atos dessa natureza à direita e à esquerda, nada mais são que soldados a serviço do ódio, independente de qual trincheira lutem. Seus êmulos na blogosfera empulham com o teclado, enquanto nas letras fustigam com a caneta. E de sangue encharcam a terra como Judas um dia traiu por trinta dinheiros.
2 comentários:
Acabo de assistir ao filme "O Traidor", com Don Cheadle e Guy Perce.
Aborda a questão moral e religiosa da intolerância que permeia o ambiente de organizações extremistas.
Detalhes aqui http://robertavieira.wordpress.com/category/2008/o-traidor-traitor/
Verei o filme, Val-André. Com a advertência de que nesse pântano não faltam bichos perigosos de um lado e doutro.
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