segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fiasco - a notícia e o prefeito

A redação do Portal ORM, às 9h54 desta manhã, me saiu com esta pérola (in verbis):

No dia do aniversário da cidade de Belém, o prefeito Duciomar Costa não irá acompanhar as programações dos 393 anos da capital. Na manhã desta segunda-feira (12), o prefeito viajou às pressas para Brasília para uma audiência com o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Cesar Ascor.
O parlamentar vai tentar recorrer de uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que bloqueou R$ 40 milhões das contas do município, no último sábado (10). A viagem pegou de surpresa até a assessoria da prefeitura.
De acordo com a assessoria, o TJE determinou que a prefeitura pague uma dívida de R$40 milhões, em 12 parcelas, durante um ano. Em Brasília, o prefeito tentará garantir uma prerrogativa que aumenta esse prazo para 10 anos. Caso a medida seja mantida, os custos inviabilizariam o pagamento de folha de pessoal e também investimentos na cidade.
Duciomar Costa pode voltar ainda hoje para Belém. Uma coletiva foi marcada para amanhã, às 9h no Palácio Antônio Lemos, sede da prefeitura.

Ainda de acordo com a assessoria, os advogados da prefeitura já entraram com uma ação cautelar pedindo a suspensão da medida junto ao STJ.

Vamos lá:
1. O prefeito nunca foi campeão de popularidade e jamais curtiu essa coisa de se misturar com o povo de Belém. Ele não participar das festividades não deveria ser surpresa para ninguém, muito menos para quem trabalha com ele.
2. Quanto a viajar para Brasília, isso ele faz muito bem, desde o começo do primeiro mandato. Que o diga a ex-primeira-dama.
3. O autor da nota chamou o prefeito de "parlamentar". Tudo bem que isso pode ser conseqüência do ctrl+C/Ctrl+v que todos usamos hoje em dia, mas que passa um atestado de burrice feio, lá isso passa.
4. O jornalista podia ter-se dado ao trabalho de checar. O STJ não possui nenhum ministro chamado "Cesar Ascor". O nome correto é Cesar Asfor Rocha (o ministro convencionou assinar assim, omitindo o seu prenome, Francisco). Aliás, trata-se do atual presidente daquela corte.
5. Quanto ao mérito da notícia - bloqueio de valores, capazes de inviabilizar a administração municipal -, isso tem a ver com a competência e a probidade com que temos sido governados. Alguém saberia dizer quando foi que esse tipo de coisa aconteceu antes da "era Dudu"?

PS - Durante os dois mandatos de Edmilson Rodrigues (não cito este para defender as esquerdas, mas porque trabalhei na Câmara no primeiro mandato, e na SEMAJ no segundo, portanto tenho algum conhecimento de fato), aconteceu de irregularidades ameaçarem o repasse de verbas federais. Em todos os casos, as irregularidades foram esclarecidas ou resolvidas, antes que a ausência do dinheiro causasse prejuízos reais. A mais grave foi a situação dos servidores comissionados e temporários, que por emenda constitucional deveriam contribuir para o INSS e não para o sistema previdenciário municipal. Neste caso, a culpa não era do Município. O que houve foi uma mudança no sistema previdenciário nacional, que pegou de calças curtas todos os Municípios brasileiros e não apenas Belém. Para que o IPAMB não quebrasse, era impossível fazer o repasse de todas as contribuições recolhidas de uma vez, por isso houve uma negociação para parcelamento. Coisas que gerenciamento resolve. Quando ele existe.

7 comentários:

Anônimo disse...

Isso É que dá vocês reelegerem o DUDURISSIMO.

Yúdice Andrade disse...

Vocês quem, cara pálida?! Peralá! A maioria do eleitorado belenense elegeu esse sujeito, sim, é fato, mas eu não tenho nada a ver com isso. Muito pelo contrário: fiz a minha parte, no sentido de mostrar às pessoas quem ele é. Venho me esgoelando sobre isso desde 1996, quando esse sujeito saiu das sombras para tentar abocanhar a prefeitura.
Desta vez, não deu. Mas a minha consciência está limpa.

Carlos Barretto  disse...

Mas como vc sabe disso anônimo? Vc viu o meu voto? Se não viu, como pode afirmar uma coisa dessas? Se afirma, é porque não lê o blog. E só apareceu aqui pra dizer besteira.
Portanto, vaze!
Rápido!

Anônimo disse...

Diploma de médico falso? Vcs ainda conseguem se surpreender com esse tipo de notícia?

Anônimo disse...

Calam, vocês estão estressados , eu falei genericamente , ou será que ele não foi eleito com 66% dos votos, se não foram os de vocês foram os dos outros. Calma , vocês devem estar com sensação de insegurança ou com medo de um assalto imprevisto. Vão tomar maracugina que passa.

Jubal Cabral Filho disse...

Pena do anônimo (tem assento ou não tem? Se tem deixa ficar, se não tem vai ficar com êle...rs.).
Mas ele (o anônimo) volta...
Pelo menos pra se colocar a par do que se escreve neste blog.
Abs

Yúdice Andrade disse...

Anônimo, não estou estressado, não. Apenas quis esclarecer um ponto que me parece relevante, para o caso de você ser novo aqui no blog e não conhecer minha opinião sobre o assunto. A expressão "cara pálida", por sinal, costumo utilizar de brincadeira, portanto ela, por si só, já demonstra que não me aborreci.
Não tomarei a maracujina que você sugeriu, mas está em meus planos tomar um saudável suco de maracujá no almoço de hoje.

Das 16h01, ninguém mencionou diploma falso. Muito menos se impressionou com isso.

JCF, "anônimo" continua tendo acento, sim. Foram abolidos os acentos diferenciais, o que não é o caso.