sexta-feira, 19 de junho de 2009
Chico eterno
Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Chico Buarque não fugiria à regra; há burros que dele não gostam. Apontam posições políticas equivocadas como fundamento para contestar sua arte, marco que agiganta a música popular brasileira aos olhos do mundo.
Chico Buarque, nosso old blue eyes, encanta plateias e ouvintes há quase 50 anos. Há exatos 65, nascia no berço esplêndido de uma família tradicional oriunda de São Paulo e radicada no Rio de Janeiro, filho do renomado intelectual Sergio Buarque de Holanda e de dona Maria Amélia Cesário Alvim.
Não existe brasileiro de classe média, com 30 anos ou mais, que não tenha sido embalado pelas canções políticas, amorosas ou com foco no cotidiano de Chico Buarque. O foco em outros interesses e uma certa crise produtiva afastaram Chico das novas gerações; obras novas e magníficas, como as canções dos anos 60, 70 e 80, nunca mais foram criadas. Mas Chico tem muito crédito, e vai continuar a ter pelos séculos dos séculos, amém.
Como é recorrente em minha memória, Chico me evoca coisas de infância: a música postada lembra-me minha mãe, ainda jovem, frente à TV, assistindo as aventuras de Luana Camará em Sétimo Sentido, novela de Janete Clair exibida em 1982. As vitrines abria o folhetim, dramático como só Janete Clair sabia fazê-lo.
Com esta postagem, homenagem ao aniversário do maior compositor vivo da MPB, reabro as sessões vídeo-musicais das sextas-feiras, hábito perdido, mas ainda possível de recuperar.
Bom fim de semana a todos.
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4 comentários:
Bom dia, caro Francisco:
desculpe o amargor, mas acho que as novas gerações é que foram afastadas de Chico. Por razõs que a nossa razão bem conhece, foram entupidas pelos Bondes do Forró.
É um pena. Canções como "Construção", "Meu guri", - só pra ficar nas mais emblemáticas - são cada vez mais atuais.
E que Chico, sempe atual, resista e dure para sempre. Que seja eterno. Afinal, ele compõe uma das mlhores prtes da nossa pequena "grandeza" como nação.
Abração.
Também, Bia; tens razão: os bondes e MCs afastaram Chico das novas gerações, tanto quanto aquele destas se afastou.
Sorte nossa que a MPB ainda é fecunda e que a tecnologia permite a quem quiser o acesso a obras como a de Chico Buarque.
Abração.
Adoro esta música...
Eu também, Mari. Obrigado pelo comentário. Venha sempre.
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