A decisão do governo militarista de Israel de bloquear a entrada de 75% dos produtos básicos na Faixa de Gasa é inaceitável, porque imoral e criminosa. Esse tipo de medida afeta especialmente idosos, crianças e doentes, apesar de ter por objetivo quebrar o apoio moral que os palestinos dão a suas milícias especialmente o famigerado Herzbollah. Mas, ao contrário do efeito pretendido só aumenta o ódio entre gerações e a altura da pilha de cadáveres dos dois lados.
2 comentários:
Gostaria de saber o porque que os povos arabes não se unem e acabam com estas barbaridades praticadas pelo pessoal de Israel. A união faz a força e um dia Israel deixará de tripudiar da desgraça alheia.
Os árabes foram repartidos em fronteiras artificialmente criadas pelas potências ocidentais desde o século XIX, sem contar que, superado o colonialismo e uma vez criados os atuais estados nacionais tampões, tiveram subitamente que assumir um modelo de organização política estranho as suas tradições tribais.
Do ponto de vista religioso, também cabe distinguir que embora os árabes sejam reconhecidos como islamitas, nem todos os povos que professam o islamismo tem origem árabe, como é o caso dos egípcios, dos iranianos (persas) e dos turcos.
Para complicar ainda mais a a questão, o fundamentalismo islâmico tem por objetivo reunir todos os que professam a religião de Maomé num só estado, o Grande Islã, de natureza religiosa e ortodoxa, que resumiria o princípio de reunir todos os praticantes do islamismo num só estado: um só povo, um só estado, um só Deus - o que, óbvio, significa mais encrenca para quem ficar preocupado onde ficará o Islã que acomodará entre 1,5-1,8 bilhões de crentes nessa fé.
Mas o pragmatismo político tem seu espaço no discurso religioso e os estados árabes fazem um jogo complexo entre si, com Israel e seus aliados, como são exemplos os casos da Arábia Saudita, do Egito, Kwuait e, ultimamente, a Líbia, outrora feroz opositora ao bloco ocidental e alinhada a extinta URSS.
Mas, perceba que a proposta que você faz na segunda sentença não destoa do que move os radicais que dão as cartas nos e para os lados opostos. A solução desse conflito não pode derivar de um conflito maior, nem surgir de dentro das partes beligerantes. Só resolveremos a questão árabe-israelense de fora para dentro, a partir de um movimento internacional que desarticule as forças políticas e militares que se acreditam vencedoras pelo uso das armas.
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