O corpo do falecido ministro Carlos Alberto Direito ainda nem esfriou e já há uma luta intensa nos bastidores pela vaga deixada pelo magistrado paraense no Supremo Tribunal Federal. Como se costuma dizer entre advogados, carniça morre para bem do urubu.
Fala-se que José Antônio Dias Tofoli, chefe da Advocacia Geral da União, seria o favorito do presidente Lula. Tofoli é novo demais, em minha opinião, e desconheço se tem o gabarito intelectual do ministro Celso de Mello, que foi nomeado aos 43 anos pelo então presidente da República José Sarney.
Outro forte candidato, perdendo por uma cabeça, como se diz no turfe, é o ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça - de onde veio, aliás, Carlos Alberto Direito. Asfor Rocha é um magistrado experiente, há 17 anos no STJ, e é sempre lembrado quando abrem vagas no Supremo.
Finalmente, correndo por fora, está o advogado Roberto Caldas. Dizem que Caldas é o preferido do ministro da Justiça Tarso Genro e do Conselho Federal da OAB para a vaga deixada por Carlos Alberto Direito. O advogado tem ligações antigas com o Partido dos Trabalhadores e, inclusive, foi parceiro do advogado Jarbas Vasconcelos, candidato à presidência da seccional paraense da Ordem dos Advogados, em uma ação judicial milionária do Sindicato dos Urbanitários contra a Celpa - Centrais Elétricas do Pará.
Alea jacta est.
2 comentários:
Prezado Francisco, do Toffoli só te digo isto: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/24/327746939.asp
Se houvesse eleição pro Supremo, meu voto era do Luís Roberto Barroso. Na minha modesta opinião o Curso de Direito Constitucional Contemporâneo é o melhor livro de Teoria da Constituição que há.
E tenho dito!
Caro Alan,
Essa do Tofoli, eu não sabia. Mas reputação ilibada não é o mais importante dos requisitos para assumir o cargo, nestes tempos de "relativização ética" em que vivemos.
Também sou admirador do trabalho do Luís Roberto Barroso. Seria um excelente ministro.
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