sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Estado Como Organização Criminosa

O nazismo foi uma revolução de extrema direita, apoiada moral e financeiramente por industriais, e sustentada pelo lumpenproletariat militarizado, que fundou um estado destituído de ciência, de valores éticos e de legalidade, com o objetivo de barrar a expansão do comunismo na Europa e resgatar influência, espaços e mercados perdidos com a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial.
Argumentos pseudocientíficos, mentira, alienação e crime foram elementos combinados livremente para sustentar Hitler como ditador da Alemanha por doze anos. As provas dos atos dessa quadrilha de sádicos e seus consorciados, que até hoje envergonham e assombram os alemães, são abundantes desde que o país assinou a rendição incondicional aos países aliados em 1945. Mas, vez por outra, surgem novas evidências, ou melhor dizendo, indecências como esta aqui.

5 comentários:

ASF disse...

"O nazismo foi uma revolução de extrema direita..."

Correção, formalmente o "nacional socialismo" incorporou elementos políticos tanto de direita como de esquerda, apesar de sua principal base de apoio ser composta essencialmente por alianças políticas com a extrema direita.

Itajaí disse...

Não há espaço para revisionismo. Nada desautoriza a afirmação de que o nazismo foi uma ideologia de extrema-direita que subverteu toda a ordem e a organização social da Alemanha, levando a instituição de um estado criminoso, cruel e imoral.

caio disse...

não me é estranha essa notícia. Sou grande fã da banda Joy Division, que teria retirado seu nome das "Divisões do Prazer" que haviam nos campos..

Frederico Guerreiro disse...

Indecente, sim. Hoje criminoso e cruel para nós, incluindo eu.
Mas é fato que para a Alemanha da época não; e até certo ponto permissivo pelas demais potências. Tanto que a Entente e demais países capitalistas anti-comunistas não se importaram muito com o crescimento do social-nacionalismo alemão - o estimularam pelas humilhações impostas à Alemanha após a I GM. Tudo só se tornou possível em função da moral dominante na Alemanha da época. Todo o poder só se concentrou nas mãos de um louco por convergir a vontade de todos os setores sociais alemães, dando-lhe suporte político perante o povo - a desvirtude veio depois. O que era para quase todo o resto do mundo ocidental uma guerra por mercados, para os nacionalistas alemães correspondia à moral dominante em forma de um delírio coletivo em busca da anexação de territórios e dominação de outros povos. Da mesma forma que um delírio nacionalista islâmico ou o neo-bolivarismo.
Nesse sentido, Ali Khamenei, Ahmadinejad ou Chávez são candidatos a nazistas atuais.
Nada mudou. O pangermanismo é o bolivarismo de Chávez e o fundamentalismo islâmico de Khamenei e Ahmadinejad. Só lhes falta o poder das armas e ninguém para lhes fazer oposição.
Abraço

Itajaí disse...

Caio,
não sabia dessa banda. Obrigado pela dica.
Frederico,
O que faz o nacional-socialismo único é o seu absoluto desprezo pela diferença e a necessidade de eliminá-la. Eu imagino o que seria de nós, brasileiros, se essa súcia fosse vitoriosa na II Guerra - seríamos uma colônia de escravos, pois na categorização deles não passávamos de uma sub-raça.
Nesse sentido o NS é reducionista: um só povo, um só estado, um só lider. E essas são palavras que repercutem fundo discurso das lideranças do fundamentalismo islâmico, embora ainda lhes falte o líder em termos materiais.
Quanto a Chávez, em que pese não ter a menor simpatia por ele, tenho dúvidas se fica em companhia de iguais serpentes.
Abs.