sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Stevie, the Wonder
A expansão dos Estados Unidos para além de suas fronteiras não se faz somente pelo comércio ou pela força das armas. Elemento importante da Pax Americana é a cultura de massas, engendrada como mercadoria e exportada na forma de músicas como o rap ou o rythm'n'blues, filmes de Hollywood, literatura barata e outros elementos da cultura pop.
Há, evidentemente, muita porcaria neste meio, porque os supostos artistas são feitos para durar pouco. São tiros curtos de pouca ou nenhuma duração, que enchem ouvidos, olhos e mentes durante um verão e depois somem. Temos exemplos clássicos por aqui também, seguindo o modelo do modus operandi do mercado cultural americano que é repetido ad nauseam em várias partes do mundo.
No entanto, há outra característica dos artistas vinculados ao mercado, em especial na música. São os artistas com uma carreira sólida, excelentes intérpretes e compositores, dos quais somente o rebutalho que vende fácil chega por aqui.
Este é o triste caso, para nós, de Stevie Wonder. Um artista magnífico, com uma voz singular, dono de composições e interpretações belíssimas mas de quem, com exceção de Ribbon in the Sky, Overjoyed e Isn't She Lovely, por aqui só chegaram porcarias como I Just Call To Say I Love You (que, de resto, tem uma versão ainda mais rídicula na voz de Gilberto Gil), que ganhou um Oscar de melhor canção, como trilha do filme A Dama de Vermelho.
Wonder tem vários hits clássicos pela Motown, o lendário selo de música negra americana, por onde sempre gravou. Dentre outras, You and I, I Believe (When I Fall In Love) - que também tem uma gravação conhecida de Art Garfunkel, antigo parceiro de Paul Simon (de cuja dupla já se falou por aqui) - e a mais linda de todas, All in Love is Fair, regravadíssima, compõem um repertório muito pop, de pegada fácil e com um swing jazzístico característico.
A pena é, repito, que estes clássicos são pouco ouvidos por aqui.
Deleitem-se com All in Love is Fair, de Steveland Judkins Hardaway, o famoso Stevie Wonder, no vídeo musical de sexta-feira.
E, porque o amor está no ar, dedico esta música à minha Teulynha. Te amo, amor meu.
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Um comentário:
Aprecio o trabalho de SW com muito gosto.
Ele está nos devendo um trabalho novo.
Temos nos arquivos do blog um special inteiramente dedicado a ele.
Com a licença do Francisco, para quem não tem intimidade com a ferramenta, basta digitar a palavra Stevie Wonder na janela do canto superior esquerdo e clicar em segida na pequena lupa, -e, Shazam! A mágica acontece.
Daqui a pouco aqui, tem um novo special com uma banda americana que está em primeiríssimo lugar nas paradas.
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