Mais da metade (56%) dos 621 estudantes de medicina que participaram do exame do Conselho Regional do Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) este ano foram reprovados. A prova avalia anualmente desde 2005 o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina de escolas de São Paulo. O exame não é obrigatório, informa a Agência Brasil.
A informação é extremamente preocupante.
10 comentários:
Sem dúvida, Val-André. Aqui mesmo, onde moramos, a capital do país, tenho tido notícias terríveis. E não é diferente em Belém. Eu penso que as sociedades e os conselhos devem se posicionar frente ao Ministério da Educação, e cobrar medidas mais efetivas com respeito ao ensino em saúde.
É necessário fixar o profissional na sala de aula e na pesquisa. Não será facil alcançar esse objetivo, frente aos apelos da iniciativa privada, mas terá de ser feito se pretendemos ter profissionais formados com qualidade, nos setores público e privado.
É assunto complexo, sem dúvida Itajaí.
Encaminhei a notícia e seu comentário à Frente Parlamentar da Saúde da Câmara dos Deputados.
Aguardemos a resposta.
Atente, Val-André, que referi-me ao ensino em saúde, pois de nada adianta um médico bem formado, se não tivermos com igual qualidade outros profissionais que contribuem para o êxito pretendido. Uma andorinha só não faz verão.
Perfeitmante.
Assistiu o Jornal da Globo de hoje?
Estão querendo instituir três provas obrigatórias ao longo dos seis anos do curso.
Não acho que resolva o problema que, penso, ser mais estrutural do Ensino, de uma maneira mais ampla, do que, necessariamente das Universidades.
São mais de 27 que têm o curso de medicina em São Paulo.
Ainda há uns bobões por ai, achando que se o filho (a) estuda medicina em São Paulo estará, digamos, ungido na profissão.
Rsssss.
Abs.
É.
SP é palavra mágica nas colônias. Mal sabem que esta grande cidade, na verdade consegue reunir o que tem de melhor e de pior no país. Mas o que parece importar, são as "aparências".
Pois não.
Eu so digo a vocês: é melhor consultar as erveiras do ver-o-peso. Num é certo caro Carlos?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E só desobrigaram o diploma de jornalista! Drumam com uma pereba dessas?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É a síndrome de almoxarifado que domina alguns conterrâneos Barretto.
Após mais de uma década de exame de Ordem, o ensino do Direito não foi resgatado. A facilidade de abertura de novos cursos, hoje seriamente contida, já produziu estragos que não serão consertados facilmente.
Pelo que sei, abrir um curso de Medicina é bem mais difícil do que um de Direito (refiro-me às exigências do MEC, ainda mais porque você precisa estar associado a um hospital-escola). Contudo, sendo terrivelmente utilitarista, a formação do médico precisa ser muito mais firme, porque erros jurídicos podem ser corrigidos em boa parte dos casos, ao passo que os erros médicos talvez não e, se puderem, não sem sofrimento desnecessário.
Esta é mais uma daquelas questões que têm um diagnóstico antigo (ainda que incompleto, talvez), mas que ainda não foram enfrentadas à altura.
Agora você imagine Yúdice, o quê os médicos que já estão clinicando e operando desde 2005, ano em que a prova começou a medir a qualidade desses profissionais?
Tenho que registrar que no nosso tempo a faculdade de medicina já era ruim.
Quando cheguei à residência médica senti muita dificuldade nas disciplinas básicas e tive que compensar com algum estudo complementar.
Após a residência, já neurocirurgião, apanhei por 2 anos na Alemanha, principalmente na neuropatologia - me faltavam tijolos fundamentais da histologia, fisiologia, bioquímica, entre outros.
Tive então a certeza, pelo convívio com residentes e estudantes, de que o curso deles era infinitamente melhor em conteúdo.
A nossa vantagem em relação aos alemães parece estar ainda na parte prática, onde temos a chance de ascender mais rápido na curva de aprendizado.
Como vivo "no açougue" não posso avaliar o estado atual do ensino médico, mas, me parece que as coisas pioram lenta- e progressivamente.
Abs.
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