Com todo o respeito aos advogados Paulo Weyl e João Índio, dos quais gosto e respeito muito, não me pareceu um bom sintoma que eles, ligados que são ao governo Ana Júlia, tenham se submetido à votação do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a fim de compor a lista tríplice para escolha de membro do Tribunal Regional Eleitoral, na categoria jurista, ou seja, representante da classe dos advogados(*).
Em pleno ano eleitoral, quando Ana Júlia tentará a reeleição e, enfim, os interesses comporativos estarão à toda, não há quem consiga vender à opinião pública a ideia de que quaisquer advogados ligados a partidos políticos pudessem atuar com a imprescindível isenção. Afinal, como sempre gosto de lembrar, não basta que a mulher de César seja, ela também precisa parecer honesta.
Com todo o respeito aos amigos Paulo e João - por favor, a crítica não é pessoal -, é importante para as instituições que cada qual fique no seu cada qual.
Ao final da votação, a lista que será encaminhada ao TSE ficou composta pelos advogados André Ramy Pereira Bassalo (recondução), Jean Carlos Dias e Valério Guimarães.
(*) A Justiça Eleitoral não possui carreira própria. As funções judicantes são exercidas por magistrados federais ou estaduais, membros do Ministério Público e advogados, recrutados junto a suas respectivas instituições para um mandato de dois anos, permitida uma recondução.
2 comentários:
Novos tempo se aproximam e velhas práticas devem ser observadas com muito carinho. Tenho muito respeito pelo Paulo Weyl, mas algumas manobras se tornam desnecessárias.
Meu nobre, tanto faz, se não tiver a influência política não emplaca. Por isso e até por isso, com devida venia, discordo de você. Esconder isso é se fazer de bobo.
Abs,
Raimundo Costa
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