quarta-feira, 9 de junho de 2010

Aos que acreditam na própria mentira

Enganam-se aqueles que pensam que a Sociedade -- ou pelos menos a massa que a compõem --, ao receber uma notícia como: "Sefer é condenado a 21 anos de prisão", acredita que a justiça foi, digamos, feita.
Vence, atualmente quem acredita e tem condição de propagar a sua própria mentira!
--A Justiça não foi feita. Sou descrente dela. Ela me falha há exatos 35 anos.
Sefer gozará o recurso em sua defesa em liberdade.
Provavelmente não puxará um dia sequer de cana.
Os algozes que mandaram matar a irmã Dorothy Stang, é a prova disso.
Há casos muito, mas muito piores no Pará.
A Comissão Pastoral da Terra os elenca ano a ano e: nada!
O "lascado" pedófilo da periferia não terá a mesma sorte.
O "bilionário americano" sócio em Wall Street das plantas industriais de automóveis, da Vale e tudo o mais, não estão nem ai para isso.
O dinheiro não tem fronteiras. O "dim-dim" pouco se importa se ganharemos a Copa deste ano. O que interessa para o sistema é: quanto ganharei por isso.
Esse pessoal só pensa no seu bem-estar.
Acordem!
Vivemos num mundo globalizado.
Esse mundo não tem lugar para sonhadores como nós.
Nós, os sonhadores. Somos uns idiotas.
Não tiramos vantagem numa negociação porque não queremos ou achamos que não é correto, prejudicar o outro lado interessado.
O outro lado interessado, uma vez que reuniu informações sobre nós -- os idiotas de coração mole --, armam-se com sutileza e enviam-nos, "anjos" de boa fala. É um grande Teatro real e cruel.
Quase sempre caímos na armadilha.
Nós somos muito frágeis, porque achamos que muito bons.
Temos excelentes apartamentos, casas maravilhosas, terrenos, ações, carros caríssimos, perfumes exclusivos.
Frenquentamos o mesmo ambiente dos bem sucedidos na vida e isso nos basta! Quem pode nos atingir ou incomodar?
Somo amigos dos Reis.
Qualquer problema está distante de uma ligação de nossos iPhones último tipo ou Blackberrys, Nokias e o escmbáu ilustrado (copy by Comendador Raimundinho).
Achamos que estamos protegidos.
-- Não estamos.
Os pedófilos, patrocinadores da lavagem do dinheiro; contrabandistas e facilitadores do descaminho; estão ao nosso lado. Rezam muito próximos a nós na missa de domingo.
Comungam, invariavelmente nesta mesma missa.
Desfilam com camisas que estapam no peito sua "fé". É Nossa Senhora ou Ogum; professam o espiritismo Kardecista; acendem incensos dos mais longínquos e sagrados lugares do Oriente distante.
Esses são os dândis que o próprio povo acredita e vota. Concede-lhes mandato eletivo. Admira-os com certa vergonha e ao mesmo tempo furor:
-- O dândi me deu uma consulta médica. Mandou uma carta para a minha casa quando aniversariei!
Roubou a vida do meu filho quando procurei o Pronto Socorro Municipal. Nunca dizem. Têm vergonha porque podem ser perseguidos implacavelmente.
Os aspectos filosóficos que preconizam o Direito aqui colocado nessas linhas, previsto na permanente e saudável discussão de seus aspectos, atualizações e permanência vigilância como instituições que um dia já foram o Baluarte da democracia brasileira é importante e ficam com os especialistas. Será?
O que a OAB faz em relação a isso tudo? A ABI. O SINJOR Pará? A FENAJ?
A resposta é de quem de direito.
- É! Vou reescrever para ficar bem claro minha posição: Baluartes da defesa da democracia brasileira. Estão, como ademais, essa sociedade, que conforma-se com "mil"galhas.
A luta não é mais de classes, é pelo poder pura e simplesmente.
Os egos são de tal tamanho que o Everest é ficha. Agora pensa-se em dominar o Universo, após o domínio do átomo e suas consequencias.
As migalhas que sobram da mesa do café da manhã dos mui perfumados, bem vestidos e importantes dirigentes do Brasil que fiquem para outras, - e, cada vez, mais reservadas discussões.
Quanto ao povo?
-- Bem, o povo é que espere. Esses senhores não tem pressa; exceto, ganhar muito dinheiro.

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Atualizando ás 01:35. Eu e Laffa pressionando o senador Flexa Ribeiro que estava conversando conosco no Twitter. Ainda resta uma esperança?

-- Sim, nós, os patriotas, acreditamos nisso.

6 comentários:

Anônimo disse...

Alô, CNJ!


"Franssinete, presta atenção em uma coincidência: lembras de um assassinato ocorrido há alguns anos, ainda pendente de julgamento (claro!), vitimando dois jornalistas, na véspera do Círio?

Lembras o nome do assassino, que conduzia uma Pajero TR4 em alta velocidade na Braz de Aguiar? Eu lembro. Roberto Couto Fortes, que vem a ser filho da excelentíssima desembargadora Vânia Fortes, que concedeu o HC ao Sefer. Sabes quem é o advogado do filho da desembargadora? Oswaldo Serrão! E o do Sefer? Oswaldo Serrão!

Elementar, minha cara. O destino do processo do "Robertinho" está nas mãos do Dr. Oswaldo Serrão. Será que ele precisa de muitos argumentos pra conseguir qualquer decisão com a mãe de seu cliente??

Para refletir."

(De leitor do blog, na caixinha de comentários do post É esta a nossa Justiça)
Postado por Franssinete Florenzano às 07:47 0 comentários

Yúdice Andrade disse...

Este protesto merecia correr o mundo virtual e se tornar conhecido de todos.
No mais, como já dizia o filósofo Renato Russo:

Um dia pretendo
Tentar descobrir
Por que é mais forte quem sabe mentir

Scylla Lage Neto disse...

Val, suas palavras são as nossas palavras e o seu desabafo é o nosso.
Felizmente ainda cremos, ainda sonhamos com mudanças, o que nos ajuda a viver.
Como diz Fernando Pessoa, em sua peça O MARINHEIRO,
"de belo e eterno há apenas os sonhos..."

Lafayette disse...

Tinha (ainda há, tá lá, neste céu de bits que eternizanos pensentos, chamado Blog) um cara, Juca, que dizia assim: "não me venham com seus cinismos! Aqui, não!". Lembram?

Este é o mal. Temos que viver e ir vivendo, dentro da democracia brasileira, com certos e marcantes cinismos. Num jogo de faz-de-conta, que faz, não raro, a realidade ser cruel.

Val, esta madrugada foi longa. Tem ainda a Câmara, de novo, e, ainda, o veto ou não presidencial!

Edyr Augusto disse...

Muito bem!
Edyr

Val-André Mutran  disse...

Por enquanto só os sonhos Scylla. Muitos deles.
Querido Yúdice temos que nos indignar todos.
Não podemos abrir a guarda para essa gente.