segunda-feira, 12 de julho de 2010

Fábula de amor

No lar do nosso “mascote” Jerônimo Severino (vide Um jegue de muita sorte) uma curiosa história de relacionamento entre animais de espécies diferentes está em andamento.
O protagonista é um ganso de ótima aparência, Tibério, o qual vive em união estável com a gansa Teodora.
Os fofoqueiros da área sempre apontaram um grande descaso da fêmea em ralação ao macho o que fazia com que Tibério literalmente implorasse pela companhia de Teodora diuturnamente.
Há algumas semanas, quando do nascimento de uma ninhada de morena galinha garnizé, Tibério passou a apresentar um estranho comportamento, abandonando a fêmea e passando a pajear a galinha e os seis pintinhos durante todo o dia.
A princípio pensou-se que o ganso fosse matar os filhotes ou algo assim, mas logo a atitude defensiva ficou bem clara: Tibério não deixava ninguém se aproximar do galinheiro.
Com o crescimento dos “enteados” e o surgimento de uma nova ninhada, desta vez de dez pintos, novamente Tibério assumiu a postura de “padrasto”.
Pude ver com meus próprios olhos e documentar de forma improvisada com a câmera de um Blackberry o amor instintivo de um ganso rejeitado e de uma galinha formosa e seus descendentes.
Quem entende a natureza dos gansos? E a dos homens?



Tibério e Teodora

Tibério "en garde" na porta do galinheiro

A formosa garnizé e um membro da nova geração
A primeira geração de "enteados" do Tibério

PS: peço desculpas pela má qualidade das fotos. Além do Blackberry não ajudar, o Tibério não deu folga ao blogger.

5 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Excelente história.

Scylla Lage Neto disse...

Obrigado, Charlie.
Assim como você correu risco com as arraias, a minha preocupação era fugir do Tibério o tempo todo.
Um abraço.

Yúdice Andrade disse...

Os animais são ótimos, Scylla. E curiosamente fornecem boas pistas para investigar o comportamento humano. Mas me pergunto se a frustração sexual do Tibério pode gerar o mesmo efeito que em em galos e certas espécies de peixes. Pelo visto, não é o caso.
Afora isso - não me queira mal por dizê-lo -, mas seria um tanto quanto engraçado se alguém te filmasse fugindo do Tibério, não?

Carlos Barretto  disse...

Ahahahah! Certamente seria engraçadíssimo.

Scylla Lage Neto disse...

Yúdice e Charlie, a minha tática era correr sempre com o traseiro na direção do Tibério, que parecia ser adepto dos golpes baixos, com preferência franca pelo lado dianteiro.
Abs.