Boeing 787 Dreamliner (imagem: Ben Stansall/AFP)
Um dos meus sonhos ainda não realizados é o de ir a uma feira aérea ou a evento similar.
Durante os anos em que tive ultraleve eu delirava com a possibilidade de ir para Oshkosh (Wisconsin), Sun’n’Fun (Florida) ou até para a FIDAE, em Santiado do Chile.
Mas obstáculos sempre caíram aos montes na hora da decolagem e as missões foram sucessivamente abortadas.
Após muitos anos de latência, hoje o sonho reacordou com as notícias do primeiro dia da feira internacional de Farnborough, na Inglaterra.
Só de ver a foto do novíssimo e gigantesco Boeing 787 Dreamliner com sua envergadura imponente eu me arrepiei do bico ao leme.
Curiosamente o que mais me chamou a atenção em todas as matérias que li hoje sobre Farnborough foi um ... carro!
O Bloodhound SuperSonic Car (SSC), carro projetado para romper a barreira das 1.000 milhas por hora (sim, 1.600 km/h), foi mostrado na feira (ainda como modelo) e deve ir às pistas até o final de 2011 ou início de 2012.
Ele é o resultado de mais de 3 anos de pesquisas aerodinâmicas e pretende quebrar com requintes de humilhação o recorde anterior de velocidade obtida por um automóvel, de 1.228 km/h (registrado em 1997 pelo também britânico ThrustSSC).
Conforme a tradição, o Bloodhound correrá no lago seco de Hakskeen Pan, na África do Sul .
A propósito, o patrocínio é da Intel, que participa também no projeto de informática.
A única coisa que fiquei sem entender , a princípio, foi o porquê do nome escolhido para o carro: bloodhound é uma raça extremamente dócil de cachorros, muito valorizada pelo faro desenvolvido e usada pela polícia em buscas a humanos e a animais.
Só posteriormente descobri, com certo alívio, que o veículo foi batizado homenageando o famoso míssil terra-ar Bristol Bloodhound 2, de 1960, que ia da inércia à velocidade Mach 1 (1.249 km/h) em 2,5 segundos e chegava a atingir Mach 2.7!
For dogs don't fly!
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