quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rush Special Vol.2




Após os acontecimentos desta quinta-feira (7) negra. Espero contribuir com nossos leitores para tentar dissipar nossa dor, nossa decepção – como suscintamente descreveu no post abaixo, nosso companheiro Francisco Rocha Jr.

Almas inocentes não precisam de nada, visto que são Luz.

Minha sinceras homenagens a alma das crianças que hoje nos deixaram, numa cidade que resume – tudo que as demais cidades brasileiras –, precisam repensam sobre o que querem:

– A loucura do mundo? É isso?

O Rush em seus mais de 25 anos de história produziu não apenas álbuns de hard-rock, mas verdadeiras obras primas de lirismo e música, que chegaram a fazer com que a banda fosse caracterizada por muitos como rock progressivo e é assim, desse jeito (progressivo), que a classifico.

A primeira formação da banda contava com o baixista e vocalista Geddy Lee (Gary Lee Weinrib), o guitarrista Alex Lifeson (Alex Zivojinovich) e o baterista John Rutsey, companheiros de escola. Esta formação tocava covers de bandas de hard rock como Led Zeppelin e Cream no circuito de clubes de Toronto. O nome Rush foi sugerido pelo irmão do baterista John Rutsey.

Em 1974, não tendo conseguido apoio de gravadoras, lançaram de forma independente seu primeiro disco, auto-entitulado. Apesar da excelente qualidade do disco não se tratava ainda do tipo de música elaborada que iria projetar a banda.

"Rush" é um excelente álbum de hard rock, com bons instrumentistas e bastante energia e trata-se também do álbum mais expontâneo e mais simples da banda, o que o torna o preferido de alguns fãs.

Logo após a gravação deste primeiro álbum o baterista John Rutsey abandonou a banda (devido a diferenças musicais e possíveis problemas de saúde), sendo substituído pelo lendário Neil Peart (considerado até hoje um dos melhores, senão o melhor, baterista de rock do mundo), relata um crítico do prestigioso – e extinto – Melody Maker.

– Eu discordo. Há, no rock, o melhor das baquetas de todos os tempos e ele chama-se: Sir John Henry Bonham, do Led Zeppelin.

A bateria é um instrumento, senão fundamental, ao duelar ao lado do baixo elétrico, desempenhar o grandioso papel de "espinha dorsal" de qualquer boa banda de rock.

Neil Peart é bom pra caraio! Mas, desculpem-me a sinceridade. Não é melhor que Keith Moon (The Woo) ou Ginger Baker (Cream).

Formação – Agora, mais do que um baterista, ao optar por Neil Peart, os outros dois integrantes da banda atiraram no que não ouviram ou leram, o que seria comprovado depois, ao constatarem que haviam conseguido um excelente letrista cujos trabalhos casaram perfeitamente com as composições de Geddy Lee e Alex Lifesson.

Desde então a formação da banda não mudou. A repercussão do primeiro álbum independente nas rádios americanas chamou a atenção da gravadora mercury. Seguiu-se o relançamento do primeiro álbum e turnês por toda a America como banda de abertura para o Kiss e o Uriah Heep.

No segundo álbum, Fly By Night (1975), já contanto com Neil Peart, a banda finalmente começou a definir o estilo que a acompanharia, afastando-se do hard-rock-blues zepelliniano e passando a fletar com o progressivo em arranjos e principalmente letras mais complexas. A banda chegaria ainda mais próxima do progressivo a partir do terceiro álbum, Caress of Steel (1975), conceitual.

O sucesso comercial só viria realmente em 1976 com a gravação de 2112 (também conceitual) que tornou a banda mundialmente conhecida. 2112 mostra ainda um grande salto da banda no quesito letras, com o conceito mais bem explorado até então (abordando o domínio do sistema sobre uma pessoa). No mesmo ano saiu o seu primeiro registro ao vivo, All The World is a Stage.

A Farewell to Kings (1977) refletiu uma mudança semelhante de maturidade na parte musical da banda. Curiosamente um dos temas abordados, Cygnus X-1, seria citado posteriormente em vários outros álbuns, principalmente em Hemispheres de 1978 (considerado por muitos seu melhor trabalho e seu último grande trabalho conceitual).

No próximo especial. Continuaremos a relatar algumas impressões da evolução da carreira do power trio – uma verdadeira "Music Machine".

Set list

1. Rush - "Rush - 01 - Anthem"

2. Rush - "Rush - 02 - Best I Can"

3. Rush - "Rush - 03 - Beneath, Between & Behind"

4. Rush - "By-Tor and the Snow Dog"

5. Rush - "Fly by Night"

6. Rush - "Rush - 06 - Making Memories"

7. Rush - "Rush - 07 - Rivendell"

8. Rush - "Rush - 08 - In The End"

9. Rush - "2112"

10. Rush - "A Passage to Bangkok"

11. Rush - "The Twilight Zone"

12. Rush - "Lessons"

13. Rush - "Tears"

14. Rush - "Something for Nothing"

15. Rush - "A Farewell to Kings"

16. Rush - "Xanadu"

17. Rush - "Closer to the Heart"

18. Rush - "Cinderella Man"

19. Rush - "Madrigal"

20. Rush - "Cygnus X-1 - Book I - The Voyage"


4 comentários:

caio disse...

Meu conhecimento de Rush se limita justamente a 2112, o suficiente para eu colocá-los com no triunvirato dos trios de primeira linha do rock, juntamente com o Cream e o Experience.

Adoro o Bonham! Mas ele mesmo se reduzia a "melhor imitador de Keith Moon do mundo". Quadrophenia é um senhor disco para os amantes da batera: Doctor Jimmy, Bell Boy, The Punk and the Godfather, The Rock... só porradas! Meu disco favorito do Who. Melhor até que Tommy, para mim.

Val-André Mutran  disse...

Essas coisas de gostar ou não... Entende, my brother Caio? Todas, sem exceção, no noticiário. Destacam que somos – eu e você – uma dupla de imbecis.
Imbecis?!
Não pense, que na atual fase desse país, que tua idéia, superará uma besta do marketing da sociedade que elege, pela 6ª vez, consecutiva, o Jair Bolsonaro.
O que estabelece as diferenças entre nós e o outro lado, que Bolsonaro é aplaudido; é o detalhe:
– Jamais, o outro lado, terá o entendimento ou acesso, por exemplo, à Ópera Tommy.
Pior que tiveram.
Mas, não entenderam.
– Sacou. Caio?
Uma vez. Meu caro. Que ele é, apenas: um imbecil que representa os imbecis que o acham: o Cara.
Esse é preço da democracia.

Scylla Lage Neto disse...

Val, gostei do Volume 2, the very beginning - super!

Val-André Mutran  disse...

E hoje será publicado, num só fôlego, os quatro volumes restantes que eu prometi.
Daqui a pouco começaremos os trabalhos.