A diva hipnótica I

After all this time, assistimos Sade ao vivo. E tudo o que a gente esperava, ela conseguiu superar. Não é à toa que ela passa até 10 anos sem pisar no palco. Quando o faz é para arrasar. O sempre azedo crítico musical do jornal DeMorgen se rendeu e conseguiu resumir: no novo show, Sade dá uma lição de estilo musical e visual à nova geração de divas e aspirantes.
O show na Bélgica foi o segundo de uma turnê que vai até o outono. São duas horas de performance impecável. A começar pelas imagens projetadas no fundo do palco. Tudo sóbrio, às vezes com cores, às vezes em jogos de luz e sombra. Há alguns cenários de muitos panos e até um elevador que, no bis, alça a cantora como se ela estivesse no topo de um edifício, tendo como fundo imagens do skyline de New York .
Mas tudo isso não se sobrepõe a ela. Desde quando, literalmente, emerge no palco cantando Soldier of Love, Sade ganha o publico. Em Antuérpia, éramos 10 mil pessoas hipnotizadas. Aos 52 anos de idade, madame Helen Falosade Adu está com a voz mais apurada. Mais jazzy, mais hot. Ela alterna sucessos antigos com novos hits. Estão no set list desde Smooth Operator – o mega sucesso que a fez mundialmente conhecida logo no primeiro álbum, Diamond Life (1984) até a novíssima The Moon and the Sky. Os músicos são de uma excelência à altura da star. Pela quantidade de câmeras no SportPaleis, dá para sonhar que a turnê pode virar um DVD. Tomara.