Por uma tecnicalidade processual (determinação de citação da senadora Marinor Brito para figurar como litisconsorte passiva), o Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, não concedeu liminar na ação cautelar proposta por Jader Barbalho para assumir a vaga no Senado, que tanto almeja. A mais recente incursão judiciária de Barbalho, ao menos por enquanto, deu em nada.
Observemos as implicações disso: somente Jader Barbalho e seus asseclas estão chateados. Marinor continua feliz, os advogados continuam bamburrando e o Pará continua livre desse representante (apesar de uma parcela significativa do eleitorado ter votado nele). Ou seja, é bom para todo mundo. Mesmo para quem não enxerga assim.
4 comentários:
Yúdice, mas, também tecnicamente falando, a demora, através de atrasos provocados pelo Ministro Joaquim Barbosa, não é uma espécie de procrastinação (e procrastinação é o câncer do Sistema Judiciário) da decisão do Pleno?
Teria legitimidade, ou, até mesmo, apoiamento, o Ministro para assim agir?
Não seria por demais perigoso, mesmo que nobre a causa (que não entro no "mérito" rs), que se consentisse que o Ministro assim agisse?
Não seria, também, a degradação suprema(sic) da Justiça, como instrumento de solução de problemas da sociedade?
Jader Barbalho não teria o direito de tomar posse (e das centenas de milhares de seus eleitores de o ver tomando tal posse) no Senado?
Capiberibe não tem o mesmo direito?
Até onde este ônibus vai? Estamos perto do final da linha? (ps: perguntas só para concluir. rsrs)
Sim, sim, estamos todos muito felizes, mas que é uma "marotagem" do nossos Ministros, ah, isso é! Se era para "rasgar a Constituição" (apesar de eu discordar desta interpretação) em favor da moralidade, deveria o STF ter votado pela aplicação imediata do Ficha Limpa, o que os referidos Ministros bem que tentaram.
De qualquer forma, deixando as tecnicidades de lado, melhor assim. Jader Barbalho já se beneficiou de muitos expedientes como esse, então, muito justo que seja finalmente prejudicado.
Lafa, o último parágrafo da Luiza resume tudo o que pensei ao escrever este texto. É só uma marotagem minha.
Se o STF, por que não eu?
Não acredito! ...mas, tudo bem, é a vida! rs
Será que só eu vejo que um erro não pode ser justificado com outro?
Trabalho há mais de 14 anos, diariamente, com o Poder Judiciário. Se nem ele mais se respeita, estamos ferrados, então!
Sei que o Yúdice e a Luiza estão somente se deliciando com uma "marotagem" dos Ministros, mas, sei que eles sabem que não pode, não deve ser assim.
*Pode lá. Pode aqui: Já tive um processo em que meus clientes, senhores de idade. Ele, sapateiro antigo (não irei dizer o local, pois, quem for morador antigo do Umarizal, reconheceria, no ato!). Ela, cuidadora da casa e dos filhos (2).
Criaram os dois. Voaram pelo mundo. Eles tinham, além da casa que moravam, outra, maior.
Pensou o sapateiro: "Vamos morar na menor, minha velha. O aluguel da maior será ...maior!". "A aposentaria do INPS é miúda."
Inquilino não pagou o 3º mês, o 4º. No 10º, resolveram procurar este cara aqui.
Carta pra lá, carta pra acolá, o inquilino estava nem aí.
Ação Judicial: Quatro, 4, four, quatre, четыре, quattro, cuatro, 四個, anos de processo! ...e todas estas línguas com o inquilino sem pagar. O Juiz sacaneou, sentou no feito e fez de tudo. Quando recorria, ele fazia de tudo para que, no Tribunal, o recurso tivesse o mesmo "tratamento.". Procrastinou!
Não tínhamos CNJ ainda.
O inquilino abandonou o imóvel, depois. Levou até as louças!
Para uma simples Imissão de Posse, foi um parto laborioso.
Motivo disso tudo: Nunca descobri. O Juiz nem amigo do inquilino era. Nem inimigo do sapateiro. E a questão não envolvia "o clamor do povo", "não era para ser salva a dignidade da sociedade, da família e nem da tradição."
...imaginemos se fosse!
Assim, desculpem-me o que pensam diferente, mas entendo está errada a atitude do Ministro (claro, do Ministro que perdeu na votação do Pleno, pois se fosse um dos outros 6, a "justiça" seria diferente. É ou não é?).
**O Juiz, virou desembargador e já morreu. Amém!
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