Marinor Brito tem uma estrela e tanto. Terminou as eleições do ano passado para o Senado em quarto lugar, com uma votação bem menor do que a do terceiro candidato. Mas foi empossada senadora graças à "Lei da Ficha Limpa", que num primeiro momento pôs de escanteio Jader Barbalho e Paulo Rocha. Aí o tempo passou, o Supremo Tribunal Federal considerou a lei inaplicável para as eleições de 2010 e os fichas sujas puderam assumir os mandatos. Ou quase.
Primeiro foi o Ministro Joaquim Barbosa que decidiu não publicar o acórdão do processo em que Barbalho é interessado. Depois foi o Ministro Lewandowski que não concedeu uma liminar para que Barbalho assumisse desde logo, por entender que somente o plenário tem competência para uma tal decisão (e ainda não há uma data para esse julgamento).
Nesse meio tempo, Paulo Rocha, terceiro mais votado, teria mais direito ao mandato do que Marinor. Mas não é que, para surpresa de todos, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará negou o pedido de Rocha, em julgamento ocorrido nesta manhã? Em suma, enquanto Barbalho e Rocha seguem em suas perlengas judiciais, Marinor segue senadora.
Os defensores da legalidade estrita que me perdoem, mas eu estou me divertindo com essa novela.
3 comentários:
Os deputados (as) fichas sujas assumiram os mandatos na semana passada, na Câmara dos Deputados.
Os senadores dessa "catiguria", brevemente assumirão, não antes sem passar por inúmeros constrangimentos.
Mas para essa gente o único constrangimento que existe é ficar afastado do "negócio"...
"O Brasil nao é um pais serio" e, "a lei é potoca", sao citações sempre cabíveis nesta Nação. A primeira, importada, a segunda ... Papa-xibé. Onde fica a democracia? Marinor nao foi eleita pelo povo, mas foi diplomada. Pode? No Brasil, pode!
Postar um comentário