quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vida artificial


Criar um ser vivo sob medida parece ter ficado mais fácil.
A revista Nature de hoje anunciou que os primeiros cromossomas semi-sintéticos da levedura Saccharomyces cerevisiae, antigo fermento biológico usado para fabricar vinhos, cerveja e pães, foram produzidos com pleno sucesso nos EUA.
A idéia seria a utilização das leveduras para a produção de bio-combustíveis, como o etanol, em larga escala, por preços muito mais baixos dos que os praticados atualmente. E a produção de remédios, como a insulina, já fabricada por micróbios industriais, poderia se beneficiar do método.
O próximo passo da equipe de Jef Boeke, da John Hopkins University, responsável pela pesquisa, é a criação do cromossoma 100% sintético, inclusive com a introdução de mutações que permitiriam um maior controle do comportamento biológico e evolutivo da nova "criatura".
Se Mary Shelley tivesse vivido em nossos tempos, guardando as proporções devidas, poderia ter se inspirado na moderna biologia sintética para escrever o seu clássico romance Frankenstein...

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