quinta-feira, 31 de maio de 2012

Plim-Plim

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No Jornal Nacional de hoje me deparo com o médico paraense Victor Moutinho explicando o incidente dos pacientes que fazem quimioterapia no corredor do Hospital Ophir Loyola.  Victor Moutinho é diretor do hospital, e já tem um boletim de ocorrência contra si feito pela esposa de um dos pacientes da quimioterapia do Ophir Loyola. A pauta não poderia ser mais fraca, e não poderia espelhar, de forma mais direta, a concorrência aberta pela audiência das afiliadas das TVs de sinal aberto com maior audiência no Brasil: Rede Globo e Record. O clima da matéria é de suspense e tensão desde a chamada. Mas nada mais vi que o cotidiano dos hospitais públicos, no Brasil. Maior serviço teria prestado o Jornal Nacional ao estender a discussão sobre as mudanças econômicas que estão sendo aplicadas para diminuir os impactos do desaquecimento da  economia brasileira. Colocar  uma usuária de serviços públicos de saúde para dizer o óbvio é escamotear a péssima cobertura de cotidiano feita pela TV Liberal. E a necessidade de marcar na Rede a  ideia de que temos um bom jornalismo de  TV na afiliada da Rede Globo. Nada na TV Liberal pode ser considerado sequer satisfatório. Nem vinhetas, nem a publicidade da casa, nem seus produtos. Faltam investimentos e estrutura para se trabalhar. Quem não conhece jornalismo de televisão pode até acreditar que está bom. Mas quem conhece, sabe muito bem do que estou falando!

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6 comentários:

Marise Rocha Morbach disse...

Esqueci de opinar sobre a produção jornalística feita pela Record em Belém. Me parece evidente a supremacia da produção local da Record sobre a TV Liberal. Penso que a cobertura do cotidiano da cidade é muito superior ao que vem sendo feito na TV Liberal.

André Batista disse...

Olá Marise
O mesmo Vitor Moutinho na quarta feira , ou seja na véspera da matéria de quimio do Ophir Loyola, foi entrevistado no JL1 sobre cancer gástrico. Achei de uma coincidência infeliz.
Sobre a qualidade do jornalismo globo local: Sofrível. Hoje no BDpará, uma moça do tempo bem insegura falava sobre uma coisa raríssima , digna de uma matéria bem explicativa - O arco íris. Que lindo, que diferente. Nossa que importante!!! Putz. Sem maiores comentários.

Marise Rocha Morbach disse...

André, às vezes eu fico imaginando se esses caras recorrem a serviços do "mundo do além" para tentar resolver seus problemas de gestão, ou os impasses nos negócios. Pois só acreditando no além é que se pode manter algumas estruturas de negócios em televisão. Jornalismo de TV é muito caro, são necessários investimentos constantes. É por essa e por outras que considero Belém uma cidade medieval: demônios e crenças. É inaceitável o que, há anos, a TV Liberal vem oferecendo aos seus telespectadores. Só pode ser um sistema de crenças entra mundo real que norteia as ações desse grupo, por um lado. Os outros já são nossos velhos conhecidos...

Marise Rocha Morbach disse...

Digo "só pode ser um sistema de crenças sobre o além que entra no mundo real e que vai nortear as ações desse grupo". Será que estes caras não estudaram nada sobre a livre concorrência?

. disse...

Em que pese a importância de tudo abordado, tenho que fazer um destaque para a moça do tempo do Bom Dia Pará. É constrangedor!

Marise Rocha Morbach disse...

Boa Waleiska; vale lembrar que é cobrado caro pela veiculação de anúncios. E que os anunciantes representam a maior parte dos ganhos das emissoras; o que, aliás, deveria ser um serviço muito bem prestado pela cobrança de horário; mas que não é!O que explica isto: Falta de investimentos e salários ruins. Bjs querida.