Eu quase não assisto TV, mesmo por assinatura, e quando o faço geralmente estou fora de casa, viajando.
E poucas coisas são mais irritantes para mim do que ver um filme pela metade, fragmentado, tipo só o final.
Pois foi desta maneira, zapeando num hotel paulistano, que acabei vendo os 15 minutos finais do filme A Espiã (Swartboek - 2006), do cineasta holandês Paul Verhoeven.
Fiquei muito curioso e acabei comprando o filme recentemente, o que me proporcionou uma agradável surpresa.Mesmo sem saber dos prêmios recebidos pelo belo filme de época nos Países Baixos, fiquei impressionado com o desenvolvimento da crise de identidade vivida pela protagonista Rachel Stein/Ellis de Vries (Carice van Houten) e pelo clima coletivo de crise de consciência e de ética diante do inevitável colaboracionismo desencadeado pelo cenário subliminar da guerra.
Swartboek está longe de ser apenas mais um filme sobre a Segunda Guerra Mundial, e sim uma obra intrigante que funde memória, identidade e ética.
Mesmo sem ser brilhante, o filme merece uma cuidadosa espiada.
4 comentários:
Vou ver Scylla, depois comentamos.
Yes, please, just do it!
Scylla, boa dica, vou assistri. Paul Verhoeven é um cineasta super prestigiado nos Países Baixos e na Europa, embora tenha uma carreira "hollywoodiana" um tanto acidentada. Gosto muito de um filme dele de 1973, Turks Fruit. Nele, Verhoeven reafirma uma descoberta: ninguém menos que Rutger Hauer - o Roy Batty, o principal androide de Blade Runner.
Turks Fruit foi eleito, há uns anos, o melhor filme holandês do século XX numa votação popular.
Edvan, vou checar a sua dica do Turks Fruit.
Valeu!
Postar um comentário