terça-feira, 21 de agosto de 2012

Crônica da impunidade

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"O Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas. E o Pará um dos Estados onde a violência campeia. Quantas mortes anunciadas já se consumaram? Quantas faltam se consumar até que nesta terra sem lei o governo tenha algum respeito por vidas humanas? Aqui, quem denuncia é perseguido e morto. Juízes, promotores de justiça, advogados, jornalistas e religiosos são alvos fáceis do crime." 
Retirei esse texto do blog da jornalista Franssinete Florenzano. Ela está fazendo uma síntese da situação em que se encontra o Pará no quesito segurança dos jornalistas, e sobre a impunidade que campeia aqui por estes rincões. Alguém que já foi ameaçado de morte deve ter a noção do que isto significa. Eu tenho horror só de pensar que posso passar por uma situação dessa. Ameaça é a coisa mais covarde e canalha que existe. Antes convidar alguém para um duelo, e escolher as armas. Vi o relato do jornalista Lúcio Flávio Pinto sobre as ameaças que já sofreu. Em uma delas, a filha de Lúcio atendeu o telefone, e recebeu a ameaça no lugar do pai. Este papo de que cachorro que late não morde não convence ninguém; principalmente neste Pará. Agora, o que me causa espécie são as razões que levam estes jornalistas a serem ameaçados. Eles não estão acusando, nem revelando os podres da Madre Tereza de Calcutá;  não! Eles estão revelando os intestinos das cambadas de corruptos, canalhas e grileiros de terra que assolam estes rincões sem lei, sem ordem e sem justiça.  Cientes da impunidade que gozam, os canalhas vivem de ameaçar pessoas de bem, e de boa conduta. Agora, o mais curioso é observar que muita gente acredita  que estes jornalistas gostam mesmo é de chamar a atenção!?! Francamente, até quando vamos viver sob a égide da impunidade e da covardia. Até quando?

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