O Jornal Liberal 2ª edição passou a semana entrevistando os cinco candidatos à prefeitura de Belém mais bem cotados nas pesquisas realizadas até aqui. Outro dia fiz um comentário sobre a entrevista de Jefferson Lima. E agora vi, pela Internet, a de Edmilson Rodrigues, que encerrou a série.
Edmilson foi o prefeito cuja trajetória conheci melhor. Antes dele era complicado para mim, dada a minha pouca idade e porque, reconheço, fui um adolescente bastante despolitizado, bastante porforizado. Mas quando Edmilson assumiu, já em seu primeiro mandato fui trabalhar como assessor na Câmara Municipal de Belém, em um gabinete da base de sustentação do governo, mas não um gabinete amigo. Foi um aprendizado e tanto. No segundo mandato, fui convidado para a função de procurador do Município, portanto trabalhei no próprio Poder Executivo. Ali aprendi outras lições importantes.
Tudo o que vi, escutei ou soube por outros modos me levou a ter simpatia por Edmilson e lamentar que ele tenha governado tendo todos contra si: a própria Câmara dos Vereadores, a imprensa, o empresariado e o maior e mais covarde de todos os inimigos: o governo do Estado, o que trouxe no pacote a Assembleia Legislativa e outras instituições, que deveriam ser imparciais e foram tudo, menos isso.
Isso, todavia, nunca tapou os meus olhos aos defeitos do rapaz, que são muitos. E na entrevista pude ver que Edmilson continua Edmilson, revelado por seu discurso inflamado, imagético, passional e com um acento incomodamente messiânico. Não gosto disso, nem da perda de objetividade que representa. E igualmente não gosto nem um pouco da ideia de alguém governar a cidade por três mandatos. Mas diante do cenário que se apresenta, com esse bando de candidatos mequetrefes, e da necessidade de eleger alguém que se oponha de fato, e não apenas por conveniência, à confraria que atualmente destroi a cidade (sim, eu me refiro aos tucanos), o psolista é a minha opção.
Resulta daí o meu alívio quando ele respondeu de maneira objetiva e informada a pergunta sobre saúde, que é o grande nó a ser enfrentado pelo próximo prefeito. Já a resposta sobre a bolsa escola não me pareceu muito conveniente, mas decerto muito ideológica.
Seja como for, esta campanha mostrará se a tese sempre repetida de que partidos pequenos e sem dinheiro não conseguem eleger candidatos majoritários está correta ou não. É uma campanha contra duas máquinas. Ou três, se incluirmos os interesses umbilicais do Grupo RBA.
2 comentários:
O jornal Litoral tem que tomar vergonha, por manipulação de pesquisas em pro de Zenaldo C.
Se assim é, das 9h55, o grupo não estaria fazendo nada que não tenha feito todos esses anos, em convescote com os tucanos. Pelo menos, já estamos cientes das preferências.
Postar um comentário