Kobo (divulgação) |
O mercado do livro no Brasil tem crescido muito nos últimos anos. Ao que parece, esse crescimento não é fruto da melhora no nível educacional da população, mas do aumento da renda média do brasileiro. Em outras palavras, o livro é tratado como bem de consumo, e não como bem cultural - daí porque os títulos mais vendidos são os de auto-ajuda ou best sellers, como a "saga" Crepúsculo, as obras do indefectível Paulo Coelho ou os manuais de marketing pessoal e profissional.
Boa parte das vendas no país ainda é dos tomos em papel. O livro digital é parte muito pequena do mercado, em parte porque as grandes livrarias brasileiras não haviam se interessado pelo produto. O livro digital ainda era mais facilmente encontrado nas bookstores estrangeiras, sendo a principal delas a Amazon.com.
Eis que o Natal de 2012 revela uma novidade que talvez melhore esse cenário: a Livraria Cultura, uma das maiores do Brasil, acaba de divulgar o lançamento de seu e-reader, nos moldes do Kindle, da Amazon. A empresa paulista utilizará o modelo Kobo (quase um bife japonês) e promete fazê-lo chegar ao consumidor nacional com 30.000 títulos disponíveis.
Resta saber se a promessa de tantos títulos se concretizará no vernáculo. Afinal, a Amazon possui milhões de livros disponíveis para quem se dispuser a pesquisar, mas desses somente uma parte ínfima é em português.
De todo modo, a iniciativa da Cultura não é nada ruim para quem, há dois anos, possuía míseras 1.000 obras em seu catálogo. A intenção é bater a maior livraria virtual do país, a Gato Sabido, que hoje possui menos de 7.000 títulos em suas estantes digitais. Oxalá venha mais.
3 comentários:
Very good!
Francisco, vamos apoiar a Livraria Cultura!
Abs.
Verdade, Marise. Tomara que vire exemplo.
Scylla, compro lá sempre que dá. Mas ainda prefiro livro impresso e está mais barato comprar pela Estante Virtual.
Abraços.
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