quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"Nas favelas, no Senado..."

Só não direi que o Brasil é mesmo o país da piada pronta, como diz o Simão, porque é trágico demais para ser engraçado.
Vinha me perguntando se José Sarney deixaria, enfim, a sua presidência vitalícia do Senado ou se ele faria, mais uma vez, contra a própria vontade, o sacrifício cívico de assumir esse encargo. Segundo se está anunciando, ele deve levantar da cadeira, mas deixando no lugar ninguém menos que Renan Calheiros, que dispensa apresentações. Pode ficar pior? Claro que pode: a Câmara também ficaria sob o comando do pior partido deste país, o PMDB, um tal de Henrique Eduardo Alves.
Reza a lenda que Dilma Rousseff não vai com as fuças nem de um, nem de outro. Mas tem a tal da governabilidade, sabe como é. E os governos sempre necessitam negociar mundos e fundos com sua base de sustentação. E se há um nome para negociar vantagens, esse nome é PMDB.
Dane-se o Brasil.

Um comentário:

Scylla Lage Neto disse...

Yúdice, não foi Leon Trótski que postulou não haver demérito algum em se atravessar uma rua perigosa segurando as mãos do seu inimigo?!
O que vai acontecer ao se atingir o outro lado, bem, aí é outro problema...
Abs.