sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tentativa de explicar

Scylla Lage Neto já havia escrito sobre os vídeos vistos por milhões de pessoas na internet no post o Inexplicável e  Imponderável , em 24 de janeiro passado: "Alguns vídeos atingem um tal grau de popularidade no You Tube que fica difícil explicar o porque de tantas visualizações.", escreveu meu confrade.
Hoje, me deparei no site do jornal DeMorgen com este vídeo: Madeline + Train = Sheer Delight. A pequena Madeline Dubois,em Nashville, Tennessee (USA), pega seu primeiro trem como presente no 3° aniversário dela. Em quase um ano, o vídeo já teve mais de 16 milhões de visualizações.
Acho que neste caso, o ingrediente maior é a descoberta pelos olhos de uma criança. Rever esse assombro diante do mundo nos faz lembrar nossas próprias descobertas. Só espero que o mundo tenha deixado a Madeline em paz. Pois já consigo imaginar o assédio da mídia. Que o pai dela, responsável pelo vídeo, tenha o discernimento suficiente.
Lembro de um caso aprecido aqui na Bélgica. mas o personagem estava no outro lado do curso da vida.   Eugène Breynaer, um aposentado flamengo de 87 anos, mostrava, num programa de TV, como estacionava o carro dele numa garagem apenas 6 cm mais larga que o carro. O vídeo caiu no Youtube e foi visto por mais de 3 milhões de pessoas em poucas semanas. Eugène recebeu dezenas de equipes de TV, jornais, sempre como o mesmo pedido: que ele refizesse a proeza. Num determinado momento adoeceu e a família teve que intervir e exigir que deixassem o aposentado em paz.

2 comentários:

Scylla Lage Neto disse...

Edvan, o pior é que acabei ficando encantado com o vídeo da Madeline.
Rss.
Toca direto no nosso sistema das emoções, não é mesmo?
Abraços.

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Muito bom Edvan. Lembrou-me as primeiras palavras de "Cem anos de solidão": " Muitos anos depois, diante do pilotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo". O vídeo nos transfere à infância de descobertas. A Infância nos emociona, não é Scylla?