segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Todorov

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Aqui uma  entrevista de Tzvetan Todorov , na  Revista de História.com.br. 
Retirei um pequeno trecho da entrevista; vale muito lê-la na integra. 

RH – Como a Literatura ajuda a entender a História?
TT – Quando se pergunta o porquê da Literatura, só resta responder: porque somos seres humanos. A Literatura é uma necessidade humana, vem da própria existência. Somos animais que consomem voluntariamente grande quantidade de relatos e poesias. Todas as populações do globo, de todas as épocas, contam suas histórias e cantam seus poemas. Somos obrigados, por exemplo, a nos recontar histórias para saber sempre o que fizemos, por isso constituímos essa quantidade enorme de impressões. Vivemos o dia a dia, escutamos tudo o que nos acontece, observamos tudo o que está à nossa volta, e o que resta disso é sempre uma história. Eu encontrei um amigo, tomamos café, falávamos disso ou daquilo etc. Essa é a função narrativa, mas ela se encontra condensada, sublimada e magnificada na Literatura. A ficção conta melhor nossas próprias experiências. As palavras me permitem expressar meus sentimentos, mas também enxergam a pluralidade humana. A Literatura é a forma pela qual percebemos que os seres humanos não vivem cada um no seu mundo, mas numa pluralidade infinita. Apesar dos muitos interesses que tenho, ela continua especial.

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7 comentários:

Marise Rocha Morbach disse...

A entrevista trouxe do Facebook, postada pela Franssinete Florenzano, minha musa.

Marise Rocha Morbach disse...

É uma revista da Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro.

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Por sí, a entrevista já é uma poesia...

Marise Rocha Morbach disse...

Gostou, né? É bonita como a obra dele.

Edyr Augusto Proença disse...

Salve!

Erika Morhy disse...

Muito boa dica de ambas as "galegas". Adorei a entrevista! Essa resposta é linda: "sempre senti a necessidade de falar do que diz respeito à minha experiência pessoal. Eu não gostaria, no entanto, de escrever minha autobiografia, ou algo do gênero, mas sim fazer o trabalho de historiador com uma motivação pessoal forte. Percebi muito cedo que, no domínio das ciências humanas, era importante, essencial, uma relação entre o objeto de trabalho e o sujeito que o faz. Escolher os temas arbitrariamente, porque o acaso assim quer, põe em xeque a consistência do trabalho, que corre o risco de se tornar apenas uma reprodução daquilo que já existe". Me identifico muito.

Marise Rocha Morbach disse...

Galegas, é? Rs.