domingo, 4 de dezembro de 2011

Carrier IQ - Surgem mais detalhes

Escritórios da CarrierIQ, nos EUA | Crédito: The Verge (Via Tecnoblog)
Surfando pela web nesta madrugada, descobri mais alguns detalhes que só aumentam as dimensões do escândalo do momento (leia o post Carrier IQ - O risco à privacidade mora ao lado). 

1. O Carrier IQ é um produto terceirizado pelas operadoras, desenvolvido por uma empresa de mesmo nome que possui um website encontrado aqui. Lá, podemos ver que a empresa se define como "the leading provider of Mobile Service Intelligence Solution to the Wireless Industry". Muito tranquilizador, não?

2. Lá encontramos também uma Nota Oficial datada de 1 de dezembro, onde a empresa se manifesta sobre o escândalo. A empresa nega que seu software grave, armazene ou transmita o conteúdo de mensagens SMS, e-mails, fotografias, áudio ou vídeo. A nota esclarece que o software analisa a qualidade do processo de envio e recebimento de uma mensagem SMS, sem analisar seu conteúdo. Em suma, o conteúdo privado não seria o foco da empresa. E sim o seu trajeto do emissor ao receptor. 
Contudo, esta não é a mesma conclusão que o desenvolvedor Trevor Eckhart manifestou em sua análise e no vídeo do You Tube. Segundo a matéria da CNN, Eckhart descobriu que o software teria registro de cada tecla, cada texto plano, URLs inteiras de websites visitados e mesmo informações criptografadas.

3. O Linux BR nos traz informações ainda mais preocupantes: as informações de texto e teclas seriam enviadas de imediato ao Carrier IQ, antes  mesmo de chegarem a caixa de entrada do usuário. O Linux BR acrescenta que, dependendo da configuração implementada pelas operadoras (clientes do Carrier IQ), o software pode mesmo ser utilizado de maneira menos nociva, informando no limite sobre aplicativos que estariam drenando a bateria do smartphone, bem como avaliando a qualidade das áreas de cobertura. Mas conclui: "como no caso de muitos softwares de monitoramento, é a configuração feita pelos distribuidores ou gestores do sistema que diferencia se ele é um problema grave de privacidade ou não".

4) Segundo o Tecnoblog, a Apple de fato admitiu que utiliza o produto desde o iOS 3. No iOS 5, apesar de presente, estaria desativado de fábrica. O blog confirma que a Apple já manifestou que irá excluir o software na próxima versão do iOS. O MacMagazine complementa e tranquiliza os usuários de iPhone. A versão instalada do Carrier para quem ainda tem a versão 3.0 do iOS (quem ???) é considerada benigna. No iOS 5, ele pode ser totalmente desativado bastando ir até em Ajustes --> Geral --> Sobre --> Diagnóstico e Uso -> Não enviar. FIM

5) No Android, o problema é mais grave, já que não existe opção de desativar o malware. E exatamente nesta plataforma, foi encontrada a versão mais escandalosa. Já existem, contudo, algumas soluções para remoção do programa. O Tecnoblog, além de sugerir um aplicativo para Android, dá algumas informações sobre a posição das operadoras brasileiras. Contudo, o método utilizado pelo autor do post, me pareceu pouco confiável.

6) O Engadget foi a fonte de algumas informações divulgadas aqui.

Um comentário:

ASF disse...

Aqui você pode encontrar alguns detalhes mais técnicos sobre o Carrier IQ presente no iPhone:

http://blog.chpwn.com/post/13572216737

Para quem quiser se colocar a mão na massa e verificar por conta própria o funcionamento dele na plataforma da maçã.