Palavras são postas a procura de olhares
e não há acaso no encontro de olhos e letras.
A identidade se faz presente antes,
ao tempo das navegações
nas águas maternas,
desde as notas e anotações genéticas
que dia após dia encorpam a alma.
Daí dá-se a paixão,
com a leveza das sedas,
a sutileza das fadas,
o encantamento dos sonhos,
o delírio que a sanidade empresta ao espírito
para o gozo urgente da entrega;
até que um verso torto
lhes cause desconforto
e os olhos,
entre espantados e assustados,
nunca mais retomem a paz.
Corisco
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