De acordo com matéria publicada em O Globo (10/12/2006), dados do IBGE apontam que o programa de combate ao analfabetismo consumiu 700 milhões e não surtiu efeito. Cerca de 14,9 milhões de brasileiros - jovens e adultos - continuam sem saber ler nem escrever. Certamente todos devidamente "transformados" em cidadãos possuidores de titulo de eleitor e CPF. Quer dizer: números para utilização nas estatísticas oficiais.
15 comentários:
Trata-se de uma situação séria que tem merecido atenção da sociedade dentro do governo Lula.
Recentemente o Observatório da Eqüidade do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, orgão governamental de concertação com a sociedade civil, elaborou parecer de observação ao Presidente da República.
Nele lemos:
"A persistência do analfabetismo - cuja incidência é de 21,9% no NE, 25% na área rural, 15,4% entrre negros e pardos, e de 19,4% entre os 20% mais pobres -, aponta para problemas no acesso, na qualidade dos cursos e para a não integração com outras modalidades de ensino e, principalmente, para a lentidão na redução desse problema";
No mesmo documento do Conselho encaminhou ao Presidente da República as seguintes recomendações:
"Considerar a Educação como prioridade nacional para o próximo mandato;
Considerar a Educação como elemento estruturante e articulador de políticas públicas pró-eqüidade, atuando de forma sistêmica e integrada à política de ciência e tecnologia, interagindo com as diferentes realidades do País, e atingindo todas as faixas etárias e todos os níveis e modalidades do ensino;
Considerar que, sendo a educação uma responsabilidade social compartilhada entre as 3 esferas de governo, a iniciativa privada e outros atores sociais, é fundamental o envolvivmento da Presidência da República como agente catalizadorda mobilização dos governos, empresariado e sociedade civil;
Considerar a persistência do analfabetismo como a maior das iniqüidades e a necessidade de formular uma política de estado para a redução imediata do número de analfabetos do Brasil.
E concluem os conselheiros:
"Tendo em vista o grave e emergencial problema do mecanismo de financiamento para a educação básica, o CDES reitera a importância da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Emenda Constitucional que cria o FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica".
"números para utilização nas estatísticas oficiais" - Isso não acontece só no Brasil.
blá..blá..blá
Cuba acabou com o analfabetismo em um ano.
Venezuela erradicou há 4 anos
Governo LulaI tinha um um projeto de erradicar em 4 anos. No governo LulaII não há mais prazo, só intenção
Não existe democracia sem erradicação do analfabetismo.
Em 88 durante a constituinte, o venerando Ulissis comandou uma discussão de 2 semanas sobre o seguinte: analfabeto tem direito a votar?
Após longas discussões, foi aprovado para delirio dos "democratas", o voto do analfabeto.
Trataram o analfabetismo como uma etnia. Como se fosse uma raça. Que finalmente conquistava o "direito" de votar.
É muita cara de pau falar em democracia sem mover uma palha pra acabar com essa praga nacional.
Calma, anônimo. Seus comentários estão sendo publicados na medida em que os recebemos. Não precisa reenviá-los em duplicidade. Fica parecendo meio que histérico! Só podemos exercer a moderação de comentários quando estamos de frente para um PC conectado a internet. Daí por que vc pode não vê-los publicados de imediato. A não ser que seu objetivo seja provocar. SE for este, não perca seu tempo. Existem muitos governos a criticar por aqui.
Portanto, modere a adrenalina se quiser continuar participando das discussões, por favor.
O assunto é sério, mas não tem merecido atenção alguma do governo Lula.
Sr moderador,
o senhor tem o tempo que quizer para moderar. Não mandei nada em duplicidade e não solicitei sua pressa. O senhor se sente provocado?
Levando em consideração a sequeência de e-mails publicados em 1:12, 1:13. 1:14. 1:15, faz-se óbvio que vc poderia ter juntado tudo NUM só comentário, não acha?
Qual a razão de fazê-lo nesta sequencia?
Vamos por partes. Não adianta berrar contra o Lula, que, coitado, parodiando o Pedro Nava, é um pobre metalúrgico do sertão de Garanhuns. Antes dele tivemos vistosos bacharéis e generais galardoados que no jeito deles tentaram ou fizeram que tentaram erradicar o analfabetismo. Alguns dos que aqui escrevem talvez não tenham ouvido falar sequer do Mobral, um ambicioso programa de alfabetização dos governos militares, que, pelos resultados de hoje também não teve efetividade alguma em apagar essa mancha de iniqüidade do meio urbano e rual brasileiros. Analfabetismo é divida, portanto, da sociedade brasileira. É mais ou menos como aquela genial música do Caetano, que faz uma crítica mordaz à indignação da classe média que se considera politicamente correta:
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui.
Resumo da ópera, indignados comentaristas: não se erradica analfabetismo sem inclusão social, sem que se pense um modelo de desenvolvimento que garanta incorpore a vida das pessoas os direitos constitucionais previstos: saúde, educação, segurança, etc...
Alguém disse blá-blá-blá, a prima do nhem-nhem-nhem do nosso príncipe dos sociológos, o Prof. FHC. Afinidades eletivas que, no âmago do autoritarismo dos que se pretendem tão alto, ignoram que a democracia se constrói exatamente com blá-blá-blá. Sem eles, caro(a) comentarista, sem o bla-bla-blá, não teria existido a Grécia, et por cause, Platão que fundamentou o seu pensamento de república a partir de um bla-bla-bla interminável com seus coetâneos.
Mas, tem razão quem diz que Cuba erradicou o analfabetismo em doze meses. Acerta e erra ao desconsiderar uma coisa fundamental de processo político: Cuba libertava-se da excrescência do Fulgêncio Batista e o governo de Fidel Castro, Che e Cienfuegos havia estabelecido metas que garantissem o apoio da população à revolução marxista-leninista recém-nata. Uma delas era a educação, a outra a saúde. Acerta também quando afirma que o coronel Hugo Chávez teria alcançado o mesmo feito na Venezuela em quatro anos, por razões semelhantes a de Cuba, mais de quarenta anos depois.
Não estou com esses exemplos afirmando que o analfabetismo se erradica apenas quando acontece uma revolução aos moldes da que ocorreu em Cuba, ou da que está preste de ocorrer na Venezuela, pois seria uma sandice. Mas, com esses exemplos, podemos compreender que para fazê-lo é necessário que tal decisão não seja apenas uma política de governo, mas uma política de estado projetada para tantas gerações quanto forem necessárias para não mais haver ninguém nesta condição, e, principalmente, na condição da mãe de todas as iniqüidades, a miséria.
Obrigado a todos que se motivaram a comentar o post.
Égua, eu sempre achei que os governos passados foram omissos em relação a esse assunto.
Mas agora piorou. Porque além de ver a coisa continuar na mesma, terei que ficar calado.
Este governo é inimputavel?
Vamos combinar, num eventual governo não petista, voltamos a responsabiliza-los?
Mas vc acha que terá que ficar calado por que, anônimo?
Ainda não te entendi, cara.
Ora vc reclama do blá blá blá.
Ora de que tem que ficar calado.
Ou lhe falta discurso?
Procure tratamento.
Rápido!
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