sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Pactos e história


Pactos políticos são por natureza transitórios e só aparentemente tranquilos. Que diga esse registro fotográfico no momento da assinatura do Pacto Molotov-Von Ribbentrop, um tratado de não agressão entre Alemanha e URSS, como preâmbulo da II Guerra Mundial (1939-1945).
Por esse acordo diplomático Stálin não reagiria frente a uma invasão da Polônia pela Alemanha e o governo de Hitler por sua vez apoiaria uma invasão soviética na Finlândia.
A comunidade internacional ficou de queixo caído com tamanho pragmatismo de ambas as partes em dividirem entre si própósitos com respeito a interesses geopolíticos, pois afinal ambos eram inimigos declarados um do outro.
A lua de mel só durou dois anos. A Alemanha rasgou o tratado de não agressão e invadiu a URSS em 41, na chamada Operação Barbarossa, que levou o exército nazista distar 50 km de Moscou. Stalin que aparece na foto todo sorridente soube ser estadista nesse momento. Permaneceu na cidade comandando o Exército Vermelho, evacuando antes os tesouros artísticos do Kremlim, velhos e crianças.
A Operação foi um sangrento fiasco militar para Hitler e assinalou o revés do mais poderoso exército nacional da época. Talvez fosse referência ao futuro da Alemanha no pós-guerra, a imagem inusitada do Chanceler Von Ribbentrop, registrado para a história de olhos fechados no momento da assinatura do Pacto.
Após a derrocada do estado alemão nazista, Von Ribbentrop foi capturado em 45 pelo exército americano. Julgado culpado de crimes de guerra foi condenado a morte por enforcamento pelo Tribunal de Nuremberg.

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