Cho Seung-Huri, autor da tragédia em Virgínia, EUA
I. É tranqülizadora a notícia de que a SESPA chamou para si as ações de enfrentamento da epidemia de dengue que o Pará e sua capital estão sofrendo. Este blogger deseja aos companheiros que dirigem a Secretaria de Estado da Saúde sucesso na empreitada, ciente de que nela estão pessoas que reconhecem a saúde como direito constitucional e não mera cabeça de ponte para manhas políticas. Vamos em frente porque a arte é longa e a vida é breve.
II. Apesar de tudo sou obrigado a reconhecer que a posição tardia do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará - SINDIMEPA, com respeito aos hospitais regionais, é merecedora de elogios e apoio. É intolerável conceber um sistema público como o SUS, que garante gratuidade ao cidadão desde a extração da unha encravada ao transplante, a concepção bucaneira das OS.
O SUS é produto de uma luta popular desde os tempos da ditadura, concebido segundo os princípios do estado de bem estar social e as diretrizes da Conferência de Alma Ata no Cazaquistão (URSS, 1978). E está, entre os estados capitalistas das Américas, e lado a lado com o sistema de saúde canadense, entre os maiores implementados no continente. Para quem não sabe, o SUS remunera, tão bem quanto os planos privados de saúde, ou mesmo quando eles não o fazem, procedimentos chamados de alta complexidade, como o são a hemodiálise, a ponte de safena, a neurocirurgia, o transplante entre outros. Ou seja, por obrigação constitucional, garante ao cidadão atendimento integral, em que pese as dificuldades experimentadas em outras áreas de atendimento, nas quais historicamente a iniciativa privada nunca teve interesse, ou se desinteressou de explorar por serem pouco lucrativas.
III. São cínicas as lágrimas de arrependimento de George W. Bush Junior sobre a tragédia de Virgínia. Lembre-se o mundo das denúncias feitas em Tiros em Columbine (Bowling in Columbine, 2002), assinadas pelo diretor Michael Moore, alvo em seguida de uma campanha de descrédito na mídia norte-americana aliada do atual presidente.
Fatos como esses ululam aos incrédulos que a disponibilidade fácil de armas só interessa à indústria bélica e seus lobistas, aos contrabandistas de armas e criminosos de mão armada, aos políticos financiados por eles, aos mercenários, aos malucos de toda hora, aos estados e movimentos belicistas que miram civis indefesos em nome de um movimento que reverbera, na instrumentalização política e religiosa de uma civilização, as conseqüências históricas e culturais do lema um líder, um povo, uma nação (Ein volk, ein reich, ein führer) em busca predatória por espaço vital.
+ I. Preocupa-me ao extremo o grau de exposição visceral que o Governo de Ana Júlia vem experimentando desde que iniciou, realizando um projeto histórico do Partido dos Trabalhadores. Questões partidárias são tratadas como questões de estado e vice-versa. Notícias fundadas ou infundadas adquirem a condição de baixaria desde as feiras e paradas de ônibus até alcançarem o coletivo-coloquial dos blogues, sem deixarem de comparecer em outros meios de comunicação devidamente re-concebidas com ironia e maldade.
È impossível qualquer cidadão sentir-se confortável com esse estado de coisas, algumas delas de tão pueris abortáveis no nascedouro ( com o perdão da palavra aos mais sensíveis).
Nenhum governo resiste a esse frenesi de paixões políticas inconseqüentes, definição que do contrário um amigo descredencia, e afirma se tratar de uma estado de histeria político-partidária-histriônica. De qualquer forma, aqui comigo dou mão à palmatória, e reconheço que nesse estado de coisas, tal qual na situação norte-americana, chega o momento em que nem os senhores da guerra, nem Grouxo Marx podem ter razão.
O SUS é produto de uma luta popular desde os tempos da ditadura, concebido segundo os princípios do estado de bem estar social e as diretrizes da Conferência de Alma Ata no Cazaquistão (URSS, 1978). E está, entre os estados capitalistas das Américas, e lado a lado com o sistema de saúde canadense, entre os maiores implementados no continente. Para quem não sabe, o SUS remunera, tão bem quanto os planos privados de saúde, ou mesmo quando eles não o fazem, procedimentos chamados de alta complexidade, como o são a hemodiálise, a ponte de safena, a neurocirurgia, o transplante entre outros. Ou seja, por obrigação constitucional, garante ao cidadão atendimento integral, em que pese as dificuldades experimentadas em outras áreas de atendimento, nas quais historicamente a iniciativa privada nunca teve interesse, ou se desinteressou de explorar por serem pouco lucrativas.
III. São cínicas as lágrimas de arrependimento de George W. Bush Junior sobre a tragédia de Virgínia. Lembre-se o mundo das denúncias feitas em Tiros em Columbine (Bowling in Columbine, 2002), assinadas pelo diretor Michael Moore, alvo em seguida de uma campanha de descrédito na mídia norte-americana aliada do atual presidente.
Fatos como esses ululam aos incrédulos que a disponibilidade fácil de armas só interessa à indústria bélica e seus lobistas, aos contrabandistas de armas e criminosos de mão armada, aos políticos financiados por eles, aos mercenários, aos malucos de toda hora, aos estados e movimentos belicistas que miram civis indefesos em nome de um movimento que reverbera, na instrumentalização política e religiosa de uma civilização, as conseqüências históricas e culturais do lema um líder, um povo, uma nação (Ein volk, ein reich, ein führer) em busca predatória por espaço vital.
+ I. Preocupa-me ao extremo o grau de exposição visceral que o Governo de Ana Júlia vem experimentando desde que iniciou, realizando um projeto histórico do Partido dos Trabalhadores. Questões partidárias são tratadas como questões de estado e vice-versa. Notícias fundadas ou infundadas adquirem a condição de baixaria desde as feiras e paradas de ônibus até alcançarem o coletivo-coloquial dos blogues, sem deixarem de comparecer em outros meios de comunicação devidamente re-concebidas com ironia e maldade.
È impossível qualquer cidadão sentir-se confortável com esse estado de coisas, algumas delas de tão pueris abortáveis no nascedouro ( com o perdão da palavra aos mais sensíveis).
Nenhum governo resiste a esse frenesi de paixões políticas inconseqüentes, definição que do contrário um amigo descredencia, e afirma se tratar de uma estado de histeria político-partidária-histriônica. De qualquer forma, aqui comigo dou mão à palmatória, e reconheço que nesse estado de coisas, tal qual na situação norte-americana, chega o momento em que nem os senhores da guerra, nem Grouxo Marx podem ter razão.
4 comentários:
Vocês se tornaram visita obrigatória.
Ler este post me tirou da solidão.
Às vezes penso que estou sozinha no mundo.
Obrigada.
Bjs.
Sim. A manifestação do SINDMEPA parece mesmo muito tardia.
Por que será?
E vc, Cris, nossa comentarista adorada. E já invejada pelo Yúdice.
Que também é um dos nossos comentaristas do rol de primeiro time.
:-)
Nossa, obrigado pelo elogio. Fiquei tão feliz que até esqueci o que ia escrever sobre a postagem em si.
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