Se for confirmado que o avião acidentado da TAM em Congonhas transportava equipamentos radiológicos (O Globo) e, em conseqüência das altas temperaturas da explosão, tenha ocorrido liberação para o meio ambiente de material radioativo, estaremos diante de uma tragédia da aviação comercial, incomparável talvez no mundo. Será como se tivesse ocorrido a explosão de uma bomba atômica suja em termos de jargão especializado. É urgente que as autoridades federais, com base na confirmação do embarque desses equipamentos no vôo em questão, convoquem de imediato os técnicos da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) para darem as providências cabíveis de proteção ambiental e individual.
Atualizando às 23:58 hrs.
O Globo informa que o assunto foi investigado e do local do acidente foram retirados "três baldes" de material radioativo, pertencente a Universidade de São Paulo, para onde foram destinados. Perito do governo federal realizou uma varredura na área em busca de indícios de vazamento do material para o meio ambiente, o que, segundo a polícia civil paulista, não ocorreu. Nada foi informado sobre a constituição do material removido.
Atualizando às 23:58 hrs.
O Globo informa que o assunto foi investigado e do local do acidente foram retirados "três baldes" de material radioativo, pertencente a Universidade de São Paulo, para onde foram destinados. Perito do governo federal realizou uma varredura na área em busca de indícios de vazamento do material para o meio ambiente, o que, segundo a polícia civil paulista, não ocorreu. Nada foi informado sobre a constituição do material removido.
2 comentários:
Possivelmente a TAM deve estar se referindo a material armazenado no prédio e não no bagageiro do avião. Afinal trata-se de um avião de passageiros e não de carga.
Mas eu gostaria de aproveitar para socializar alguns questionamentos:
1- Sendo a aviação uma atividade de grande precisão, cercadas de controles, aparatos tecnológicos, redundâncias, etc, etc, a ocorrência de dois acidentes de grande porte no espaço aéreo brasileiro em um intervalo menor do que 12 meses, com a perda de centenas de vidas humanas, não reforça a tese de que o sistema de tráfego aéreo brasileiro entrou ou está em vias de entrar em colapso?
2- Será que apenas investigações pontuais, sobre as causas de cada acidente, são suficientes? Não seria desejável uma investigação mais abrangente, completa e isenta em todo o setor (infraestrutura, práticas, sistemas de controle, fiscalização, etc)?
3- Podermos realmente acreditar que um inquérito vai esclarecer as reais causas destes acidentes? Mais importante ainda, vai punir exemplarmente os culpados e corrigir o que estiver errado?
4- Até onde vai a (ir)responsabilidade dos órgãos responsáveis pela aviação civil nessas tragédias? Cito ANAC e Infraero, além do próprio comando da Aeronáutica? Existe realmente a possibilidade de que isso seja investigado?
5- Podemos ter a confiança de que todos os responsáveis, independente de quem sejam ou posição que ocupem, serão investigados e exemplarmente punidos?
5- Até quando nos resignaremos a apenas ficar contando os nossos mortos?
ASF
Não tenho razões para duvidar da seriedade das investigações sobre este ou qualquer outro acidente aéreo ocorrido no país, a qualquer tempo. Todos deram respostas as causas que determinaram a ocorrência dos sinistros. Lembremos também que esses acidentes geram indenizações elevadas das seguradoras, que, também estão observando a evolução das investigações. Outro elemento que contribui para a garantia da qualidade dos inquéritos é o sindicatos dos aeroviários.
Quanto a necessidade de uma intervenção mais ampla e profunda na área, concordo plenamente. Essa é uma resposta que o governo deverá dar a sociedade.
Postar um comentário