sábado, 25 de agosto de 2007

Blogosfera de guerra

A empresa FUSION Public Relations realizou pesquisa com 1100 jornalistas norte-americanos sobre o potencial de comunicação na rede mundial de computadores. Colheram o que segue:
78% lêem blogues, inclusive de jornalistas;
49% lêem e/ou acompanham de um a três blogues;
35% têm blogues próprios;
67% citam como fonte os blogues que lêem;
31% consideram os blogues como fontes confiáveis de notícias.
A maioria prefere obter informações por email e nas páginas de empresas. A maioria não valoriza podcasts e é neutra quanto ao potencial dos videocasts.

3 comentários:

ASF disse...

Eu diria quem em certos segmentos os blogs já desempenham um papel essencial. Seja como fontes de informação e notícias ou como veículos para interação entre as pessoas.

Os blogs juntamente com outras tecnologias como wikis, ajax, redes sociais, etc, fazem parte do que vem sendo chamado de web 2.0.

O termo web 2.0 se refere a segunda geração de conteúdos/serviços acessíveis através da internet. Não se trata de uma atualização nas especificações técnicas da rede, mas de uma mudança na forma como desenvolvedores e usuários passaram a encarar a internet.

A internet deixou de ser um lugar para a publicação pura e simples de conteúdo e passou a ser encarada como uma plataforma para o desenvolvimento de sofisticados serviços de colaboração e relacionamento entre pessoas e empresas.

Essa mudança está provocando uma transformação profunda na sociedade, até mesmo com a inversão de alguns papéis. Veja:
http://antoniofonseca.wordpress.com/2007/06/16/the-rise-of-the-prosumer/

Não deve nos surpreender também o fato de algumas mídias tradicionais assumirem inicialmente uma postura hostil em relação a essas mudanças.

Peguemos um exemplo recente, a campanha publicitária veiculada pelo jornal Estadão contra os blogs e conseqüentemente contra a própria internet.

Em lugar de assumir uma postura primitiva e irracional, seria mais interessante, sob todos os aspectos, que os executivos a frente do Estadão se dedicassem um pouco a compreender realmente o fenômeno e descobrir uma maneira de tirar proveito dele.

Ou alguém em seu juízo perfeito pode acreditar que o avanço da internet é algo reversível?

Para finalizar eu gostaria de dizer que algumas empresas e pessoas já compreenderam bem o papel e o valor dos blogs e começaram a utilizá-los de maneira inteligente e a favor de seus interesses.

Como exemplos de sucesso no uso das tecnologias da web 2.0 na área de TI (blogs inclusive), poderia citar iniciativas como o "Ideastorm" da fabricante mundial de computadores Dell (http://www.ideastorm.com/), ou blogs "pessoais" de executivos (inclusive os de alto escalão) de grandes corporações como Sun Microsystems (http://blogs.sun.com/jonathan/) e IBM (http://www-03.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion), dentre outros.

Uma boa fonte de informação sobre web 2.0 e suas conseqüências é livro de Don Tapscott e Anthony D. Williams, WIKINOMICS (http://www.wikinomics.com/blog/).

Abraço,

ASF
http://antoniofonseca.wordpress.com

morenocris disse...

Caramba...esse Antonio é de se tirar o chapéu.

Vou postar o post do Oliver e o comentário do Antonio. Nota 10 para os dois.

Eles(os americanos), estão querendo criar o sindicato dos bloggers. Já postei sobre isso.

Beijos. Bom domingo.

Carlos Barretto  disse...

A grande mídia comporta-se de maneira sintomática frente ao fenômeno dos blogs. A exemplo da indústria do entretenimento frente a música digital.
A internet veio para desafiar velhos modelos de comunicação. Mas não para destruí-los. Talvez apenas para complementá-los ou aperfeiçoá-los.
A exemplo da vida real, no mundo virtual existem os bons e os maus, cabendo-lhes o exercício da lei.
Muitos não entendem e partem pro golpe abaixo da linha da cintura.
E como a internet não é exatamente uma empresa, muitas vezes fica difícil descobrir a linha da cintura, acabando por gerar prejuízos globais, e muito frequentemente, tiros no próprio pé.
Deste camarote, finco o pé para assistir o processo que parece se desenrolar lentamente.
Continuemos então...