quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pondo o pau na mesa.

Contrastam as atitudes dos governos da Bahia e do Pará frente às crises, que ora vivenciam. Enquanto de bate pronto um se expõe comparecendo ao velório das vítimas de um desabamento, expondo-se ao calor da crítica de amigos e famílias no momento da mais aguda dor; e negar de forma incisiva as acusações do MPE quanto ao conhecimento governamental das irregularidades que levaram ao sinistro; para determinar, em seguida, a apuração de responsabilidades dos responsáveis, a implosão da arena futebolística e a construção de outra que atenda a segurança e a paixão baiana pelo futebol; nós, paraenses, aqui perdemos o rumo, conduzidos por equívocos absolutamente evitáveis, desorientados por isto ou aquilo, e por fim pelo corporativismo que sempre faz mal à inteligência das gentes.
Mas, esta imprevidente tarde de verão de opiniões desconexas e dispensáveis - sobretudo porque divergentes com o valor da vida e com a biografia política da governadora -, deu o tom para quem tiver ouvidos para ouvir e decidir o que quer da vida profissional, ao menos no governo petista que ela lidera
:"Nós reconhecemos que esse fato é uma barbárie e eu digo que é uma sucessão de erros e equívocos graves, e nós vemos que é um caso isolado". Isto é o que podemos chamar de estilo prá frente é que se anda; ainda que Fellini, no magistral Cidade das Mulheres, compareça com advertência válida: camina, camina, la strada es serpentina.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre pode ficar pior. E certamente vai ficar.
Na escalada de Febeapá que assola o Pará podemos descobrir ainda, por incontinência verbal de alguma autoridade envolvida:
1)Que a garota, ora vejam só...Violentava os presos! Por isso tentava ser presa e se manter na prisão, a todo custo, escondendo que era de menor.
2) As marcas de tortura?
Ara! Lá em Abaeté todo mundo sabe que ela é sado-masoquista, adora apanhar e bater de talo de miriti.
3) Os presos, senhores de respeito, já haviam protestado contra as violações sem ser atendidos - não se sabe porque - e agora vão entrar com ação contra a menor.
4) As pessoas de bem de Abaetetuba que fotografaram a garota presa com seus celulares nada fizeram porque elas pensavam - não se sabe induzidas por quem - que era tudo uma filmagem de snuff movie.

Anônimo disse...

Complementando:
Só por questão de justiça, lembre-se que também se tentou criminalizar os sem-terra massacrados em Eldorado e a irmã Dorothy.
Os primeiros, quase foram apresentados como suicidas; a segunda virou uma temível pistoleira e ladra de terras.
E pelo que diz madame Martins, a delegada que "apura" a responsabilidade de seus colegas, quem quiser providências que vá se queixar ao bispo de Abaetetuba. Segundo a Folha, a otoridade (que tb. é mulher, mais uma para envergonhar o gênero)cometeu esta pérola:
"Ela sofreu abuso, mas não foi na dimensão que está sendo divulgado. Não aconteceu todos os dias, com vários presos. Teve um preso que forçou manter relação [sexual] com ela. Isto é um fato que está sendo comprovado com os relatos dos presos", disse Martins.

Ou seja, uma vezinha só!!!!!!!!!
Que moleca criadora de caso esta de Abaetetuba! Uma vezinha só, pra que tanto escândalo?

Será que ninguém, neste descerebrado governo, terá senso para proibir entrevistas, de todos os escalões?
É chato, mas fica menos vergonhoso para os paraenses.
Cada um que abre a boca piora o vexame.