domingo, 4 de novembro de 2007

Mosqueiro: vento, flores e alguns destoantes.


Ondas boas para o "jacaré".

Mosqueiro se abriu neste feriado para seus visitantes de ocasião. A ilha estava mais populosa do que o normal, com muito vento, maré alta à tarde e muitos jardins floridos.
A Vila é o termômetro certo para saber do pulso da ilha. Estava lotada de cadeiras, com fila para o vendedor de unhas de carangueijo. As barracas de tapioquinha lotadas.
Como posso me considerar um morador de Mosqueiro, claro que este cenário não é dos mais agradáveis da ilha.


Flamboyants floridos. Beleza incomparável.

Mas a temperatura amena proporcionada pelos ventos fortes, noites estreladas e muitas flores, acabam por compensar a convivência difícil com alguns tipos de visitantes de ocasião, interessados muito mais em aumentar o volume do som no carro, e encher a cara. Estes, a praga que sempre vem junto com os feriados. Não parecem estar atentos à todo o resto que os cerca.


Esta, abre-se de manhã cedo às dezenas. E fecha-se após as 10 h.

E as flores, enchendo os jardins de alegria, nesta época se insinuam, transformando a paisagem da ilha e também do percurso até ela. A estrada, mesmo que atingida aqui e ali por desmatamentos criminosos, ainda nos reserva surpresas interessantes como acácias inteiramente floridas e flamboyants vistosos.


Um raspa-raspa gelado, tem tudo a ver.

Os ambulantes fazem a festa com o súbito afluxo de pessoas proporcionado pelo feriado, vendendo os tradicionais raspa-raspa, empadas, camarões pré-cozidos, redes, etc.


As redes então...nem se fala!

Quanto a isso, que Deus lhes dê o ganha-pão necessário ao sustento da família. Desde que, junto com os visitantes, ao menos mantenham a praia limpa e livre de latas de cerveja, cacos de vidro, entre outras armadilhas que podem ameaçar a segurança de todos.
Lamentavelmente, é exatamente assim que ficam as praias após a passagem da horda de bárbaros.
Quanto a decisão de vender empadas em plena praia, ainda estou tentando entendê-la.
Com todo aquele calor, mesmo ao vento, como botar uma empada na boca?
Vai entender?

13 comentários:

Val-André Mutran  disse...

Dr. não faça isso comigo.

Quanta inveja!

Itajaí disse...

Isso mesmo, Val-André. Um lenitivo para quem está, e não pode. E aos que, no exílio, também amargam essa ausência. Essas imagens da Ilha do Mosqueiro lavaram com saudades meus olhos.

Carlos Barretto  disse...

Nada como uma boa sequência de Mosqueiro, para atiçar os candangos de ocasião.
Os dois serão bem vindos em nossa casinha no Mosqueiro. Com direito a todas estas flores aí, e outras, que ficam passando pela porta.
E eles não deram de comer empadas durante o dia, no calor do sol?
Nós nos daremos ao direito de um bom vinho à noite e a cervejinha gelada no dia.
Pronto!
Rsssss...

Itajaí disse...

Conheço o bem receber do Flanar. Assim que possa, farei a visita com prazer. Com direito a empadas, cervejas, vinhos, flores e o abraço amigo de tantos anos.

Carlos Barretto  disse...

Vamos combinar o seguinte: empadas não, certo?

Yúdice Andrade disse...

Barretto, sempre nos ajudando a valorizar Mosqueiro! Isso é ótimo.
No mais, nunca comi empada na praia, até porque não gosto muito de empada. Mas já vi comerem e me diverti a valer com o sujeito soltando farelo na cara da namorada. E quanto mais tentava se desculpar, mais farelo grudava no cabelo da distinta. Valeu a piada.

PS - Como médico, consideras empada uma iguaria apropriada para a praia?

Val-André Mutran  disse...

Topo, mas sem empadas. Detesto empadas e empadões. Que tal um esfirra que eu mesmo posso fazer?

Carlos Barretto  disse...

Muito bem, Yúdice. Falemos então como médico.
Ahããã....

a)Quanto a massa, com alto teor de amido é contra indicada para diabéticos. Para os que desejam emagrecer então, nem pensar. A massa também tem a capacidade de fermentar no estômago e trazer problemas para os dispépticos.

b)Quanto ao recheio, aí depende: se for de camarão, problemas com alérgicos à mariscos, problemas para quem precisa controlar o colesterol. Se for de carne, idem para o colesterol. Se for de frango (sem pele), tudo bem para o colesterol.

Agora como consumidor mesmo. Que má idéia o conceito de uma empada. Impossível comê-la pela metade sem fazer uma sujeira enorme ao redor. Resta-nos então, comê-la inteira. Dependendo de seu tamanho, isto pode ser um grande problema.

Daí porque acho que as empadas, por conceito, são uma péssima idéia.
Sempre!
;-)

Carlos Barretto  disse...

Humm! Esfihas quentinhas, feitas na hora. Esta pode sim ser uma boa idéia para a noite, Val.
Para a manhã, nada, mas nada mesmo suplanta o bom e velho camarão pré-cozido, descascado na hora, molhado ao vinagrete e na pimenta, com farofa.
E nem me pergunte quanto aos aspectos médicos deste hábito.
Melhor nem comentar.
Mas azeite de oliva é extremamente recomendável para reduzir os triglicerídeos. O problema é que vem o camarão e dá-lhe uma lambada.
Portanto, abandonemos os aspectos médicos.
;-)

Yúdice Andrade disse...

Dia em Mosqueiro:
1. Café da manhã numa barraquinha (pode ser na vila ou ali no Ariramba): café com leite, pão com ovo. Sim, sempre cabe uma tapioquinha. Dependendo da fome, pode rolar um cuscuz. Não, eu não disse tudo junto! São opções.
2. Já na praia, camarão. Pode ser que passe um queijinho e, para os mais audaciosos, uma cocada. De novo, camarão. Intercalar com alguma fruta levada de casa. Mais camarão.
3. Hora do almoço (almoça-se cedo para à tardinha já estarmos liberado para o lanche): peixe, claro. Inteiro e frito. Acompanha o que sobrou do camarão.
4. Lanche: tapioquinhas e mingaus na vila. Bolo podre, com leite condensado.
Depois, pode ir para casa.

Francisco Rocha Junior disse...

Yúdice, neste teu programa só faltou uma passada no Oliveira, o rei do pastel. Tá certo que não gostas de cerveja, mas um pastelzinho de camarão com uma geladíssima é cardápio dos deuses.

Carlos Barretto  disse...

Pelo sucesso deste post com tantos comentários, acabei por gerar outro mais acima no blog.
Lá está meu roteiro. Alguém se habilita?

Val-André Mutran  disse...

Bom. Já que envolveram os pastéis do Oliveira eu vou apelar.

Antes de chegar em Mosqueiro, parávamos os dois carros no Japonês, ainda na estrada e pedíamos uma chapa mista ou de Mariscos ou de carnes.

Umas cervejas estupidamente geladas!

E tocávamos para a casa de praia.

A providência era impostante, pois, a barriga só rocava de novo, tarde da noite e popuava um jantar para a mais feito por nossas mulheres.

Pensem numa chapa boa! Conhecem?