segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Assalto no HUJBB: saldo final

Baixada a poeira e apurando os acontecimentos, concluímos o seguinte:

Os feridos foram em número de quatro: 3 seguranças da Norsergel e 1 médica pediatra que estava dentro da agência. A médica machucou-se levemente com estilhaços de vidro. Já os seguranças, um perdeu um dos dedos, outro levou uma bala no pé e o último foi atingido na perna. Nenhum corre risco de morte.
Os seguranças revidaram os tiros e além de impedir a concretização do assalto, atingiram um dos meliantes e, segundo afirmam algumas testemunhas, teriam atraído para longe dos transeuntes o fogo dos bandidos.
O segurança que perdeu um dos dedos, foi covardemente cercado por um dos elementos que atirou em sua direção, após dar a volta em uma das colunas do hospital, saindo de sua linha de visão concentrada em outro alvo.
Um funcionário ajudou a marcar a hora mais ou menos exata do início de toda ação criminosa. Por volta de 9:45 h (horário brasileiro de verão), retirou na agência um extrato de seu cartão de crédito. Neste extrato, está registrada a hora. Segundo afirma, cerca de dois minutos após sair do caixa eletrônico, ouviu os tiros. Tudo teria começado então por volta de 8:47 h.

No hospital as pessoas se manifestam assustadas e traumatizadas.

- Eu sempre tive medo quando estes carros forte chegavam para abastecer os caixas. E não era só por medo das armas pesadas que os seguranças normalmente carregam. Mas por saber que neste momento, eles transportavam muito dinheiro - dizia uma médica agora à tarde.

Os pacientes ficaram seriamente abalados com o clima de pânico gerado no hospital. Alguns que aguardavam consultas marcadas há meses, ao serem evacuados pela polícia, não escondiam sua revolta. Pude ouvir de uma das senhoras que saíam do hospital, o seguinte comentário:

- Esses caras vem atingir justamente quem está mais necessitado!

Outra, foi retirada do hospital ainda em cadeira de rodas, visivelmente abalada. Outros mal conseguiam andar sem curvar o corpo. Interessante seria que o hospital remarcasse as consultas desta gente para o mais breve possível, tendo em vista as circunstâncias mais do que especiais. Sob pena de ampliarmos suas dificuldades.

E certamente, tudo isso trará providências mais enérgicas em relação a segurança daquela instituição. Há muito observamos que existe de fato a necessidade de um controle mais rígido na entrada e saída de veículos e usuários. Não só pelo fato ocorrido hoje. Mas também pela ocorrência sempre endêmica de pequenos furtos que precisam ser controlados. Pelo bem dos pacientes que lá se encontram e necessitam daquilo que lhes é subtraído.

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