quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Jobs: polêmico, como sempre


Macbook Air saindo do envelope no keynote de Steve Jobs na Macworld.

Destaques na imprensa internacional sobre o keynote de Steve Jobs ontem na Macworld em San Francisco.

Neste artigo especial de John Markoff - editor de tecnologia do The New York Times - intitulado The Passion of Steve Jobs, Markoff salienta algumas características bem específicas do CEO da Apple.
Perguntado sobre a iniciativa da Amazon com seu Kindle (leitor digital wireless), veja o que ele respondeu, sem tradução:

It doesn’t matter how good or bad the product is, the fact is that people don’t read anymore. Forty percent of the people in the U.S. read one book or less last year. The whole conception is flawed at the top because people don’t read anymore.

Já sobre o Macbook Air, John Markoff elenca algumas das limitações do lançamento da Apple frente a outros concorrentes, entre as quais a baixa capacidade de armazenamento (80 gbytes) e o fato da bateria não ser removível. Neste sentido, bem, leia o texto original.

The computer uses a 1.8-inch disk drive, on which no more than 80 gigabytes of data can be stored. Memory is limited to a standard two gigabytes of RAM and its processor is slower than those of Apple’s other laptops. The design team jettisoned an optical disk storage device for playing DVDs. Mr. Jobs demonstrated a feature called Remote Disk that will make it possible to play the contents of a DVD via a wireless network from another Macintosh or Windows PC. Also, the MacBook Air’s battery is not removable.

Responding to a question about the growing array of media, including digital photographs, movies and music, that now swell most users’ hard drives, Mr. Jobs said, “Maybe this isn’t the computer for you.”

Mais a frente, respondendo a uma entrevista à CNBC sobre o mesmo questionamento, Steve "entrega o serviço".

We decided a few years ago to build the world standest notebook. (...) We built a hundred models. (...) So, the first step was holding a model at our hands.

3 comentários:

ASF disse...

A opinião do Markoff vai bem na linha do espírito do "expendable", tão característico da visão norte-americana da coisas, produtos, etc.

Eu não concordo muito e explico o porque: 1- trata-se da versão 1.0 do produto - exatamente quase sempre distante da perfeição e quem trabalha com TI ou desenvolve produtos sabe muito bem do que estou falando, 2- a Apple incorporou ao produto inovações que somente ela seria capaz de produzir - diferencial, 3- a Apple historicamente sempre foi corajosa e arrojada no projeto de seus produtos e não se importa em descartar o lugar comum - os iMacs foram os primeiros computadores pessoais a decretarem a morte dos floppy drivers, 4- acho que o produto está no limiar da capacidade da engenharia atual - certamente através da escala e aprimoramentos de projetos ele amadurecerá, e finalmente, 5- o Macbook Air me parece ser a resposta da Apple a tendência atual de eficiência e eficácia.

Neste último quesito, acredito que o Mac Air é uma junção de conceitos, do minimalismo de equipamentos como o XO e Eee PC a sofisticação de produtos high end como os iPhones e outros computadores ultra-portáteis para públicos de alto poder aquisitivo.

Portanto espere por aprimoramentos para breve. Faço até minha aposta que um dos primeiros será quanto a queda de preço do modelo com armazenamento NAND e com maior capacidade também.

Perfeito, perfeito, nem um produto consegue ser. Veja o iPhone. Já está na terceira geração de software e ainda apresenta várias limitações em relação aos concorrentes, mesmo assim dispara em vendas e representa um sonho de consumo de milhares de pessoas (inclusive nosso). ;-)

É sempre importante lembrar que estamos falando de produtos da Apple, gostemos ou não, exatamente por isso não se aplicam a eles as regras convencionais.

ASF

PS: Vou aguardar por uma análise do David Pogue (NYT)

ASF disse...

A opinião do Markoff vai bem na linha do espírito do "expendable", tão característico da visão norte-americana da coisas, produtos, etc.

Eu não concordo muito e explico o porque: 1- trata-se da versão 1.0 do produto - exatamente quase sempre distante da perfeição e quem trabalha com TI ou desenvolve produtos sabe muito bem do que estou falando, 2- a Apple incorporou ao produto inovações que somente ela seria capaz de produzir - diferencial, 3- a Apple historicamente sempre foi corajosa e arrojada no projeto de seus produtos e não se importa em descartar o lugar comum - os iMacs foram os primeiros computadores pessoais a decretarem a morte dos floppy drivers, 4- acho que o produto está no limiar da capacidade da engenharia atual - certamente através da escala e aprimoramentos de projetos ele amadurecerá, e finalmente, 5- o Macbook Air me parece ser a resposta da Apple a tendência atual de eficiência e eficácia.

Neste último quesito, acredito que o Mac Air é uma junção de conceitos, do minimalismo de equipamentos como o XO e Eee PC a sofisticação de produtos high end como os iPhones e outros computadores ultra-portáteis para públicos de alto poder aquisitivo.

Portanto espere por aprimoramentos para breve. Faço até minha aposta que um dos primeiros será quanto a queda de preço do modelo com armazenamento NAND e com maior capacidade também.

Perfeito, perfeito, nem um produto consegue ser. Veja o iPhone. Já está na terceira geração de software e ainda apresenta várias limitações em relação aos concorrentes, mesmo assim dispara em vendas e representa um sonho de consumo de milhares de pessoas (inclusive nosso). ;-)

É sempre importante lembrar que estamos falando de produtos da Apple, gostemos ou não, exatamente por isso não se aplicam a eles as regras convencionais.

ASF

PS: Vou aguardar por uma análise do David Pogue (NYT)

ASF disse...

... retificando: já se passaram 2 semanas e ainda faltam 50. Foi que disse Jobs.

ASF