segunda-feira, 31 de março de 2008

"Nóias" da vida digital

John Dvorak, articulista de várias revistas especializadas na área de TI, escreveu importante artigo na INFO deste mês.
Nele, chama a atenção dos usuários de computadores para manterem sempre a boa prática de fazer o que chamou de "upgrade de mídia". Mas afinal, o que vem a ser exatamente isso?
Voltemos um pouco no tempo.

Quando foi lançado o CD ROM gravável, a mídia surgia como algo realmente inovador. Seja pela "grande capacidade de armazenamento" (640 mbytes era um estrupício na época), seja por uma suposta durabilidade associada ao uso de plástico, camadas protetoras em metal, e blá, blá, blá.

Quanto ao primeiro aspecto, nenhuma dúvida quanto a inovação, numa época em que os disquetes de 3 e 1/2 polegadas ainda reinavam, armazenando prosaicos 1,44 mbytes (onde atualmente não cabe uma foto digital de moderada resolução). E ainda por cima, não garantiam a integridade dos dados por muito tempo. Alguns chegavam a ficar inacessíveis após alguns meses de uso. Quem não possue algum disquete guardadinho em uma daquelas embalagens características? Experimente acessá-los. Veja quantos ainda realmente servem para alguma coisa. Você vai se surpreender quando descobrir que muitos deles simplesmente terão que ser jogados no lixo. Muitos estarão inacessíveis, mesmo que contenham algo de muito importante.

Mas o que Dvorak chama a atenção agora - para preocupação de muitos - é sobre o segundo aspecto dos CDs graváveis: durabilidade. Na oportunidade em que foram lançados, falava-se que durariam até 20 anos!
Ora! Pensávamos nós. Em 20 anos, possivelmente todo o hardware em volta deverá estar diferente. E o resto do mundo também. Talvez eu nem venha a precisar mais de nada que tenha sido produzido há 20 anos atrás. Trata-se de um prazo bastante razoável.

Veio então toda uma revolução tecnológica com o desenvolvimento de câmeras digitais, com o potencial de gerar arquivos gigantes, aumentando a demanda por armazenamento confiável.
Afinal, ninguém deseja perder imagens ou vídeos pessoais.
Mas aí é que está a horripilante informação contida no texto de Dvorak. Na verdade, descobriu-se que os CDs graváveis não vem apresentando a durabilidade prometida. De fato, a camada metálica que os integra, sofre um processo de oxidação e os deixa inutilizados em um período variável de tempo, bem longe dos alegados 20 anos. Alguns, por este fenômeno, chegam mesmo a "descascar". E lá se vão todos os dados carinhosamente guardados.
Atualmente, temos os DVDs graváveis, com enorme capacidade de armazenamento. Surgem as mídias Blue Ray com potencial maior ainda. E sob a ótica da durabilidade, amplia-se em paralelo o prejuízo em caso de dano irreversível.
Conclue-se então que devemos estar aptos a um comportamento defensivo pela preservação de nossos dados. Devemos então, reunir todos os arquivos que temos gravados em CDs e, após selecionarmos o que realmente deve ser "eternizado" (e ponham aspas nisto), devemos regravá-los na mídia salvadora do momento.
É isto o que Dvorak chama de "upgrade de mídia".
Duvido que se optar por este procedimento defensivo, você não acabe encontrando muita bobagem que nem merece estar mais guardada.
Por um momento, após ler este artigo, perdi de fato o sono. Vou botar mãos a obra.

2 comentários:

Carla disse...

vc está usando as margaridas pra compensar essa sua longa fase de postagens sobre informatica...

eu já criei raízes em volta do meu pc, da mesa, da cadeira, enfim, tudo q o rodeia, escrevendo minha bendita dissertação. aproveita e manda via sedex uma receita pra um dienpax, ou vc me recomenda outro ?
não vale lexotan...
beijos

:P

Carlos Barretto  disse...

Melhor vc investir mesmo em DVDs. E rápido. PROTEJA A SUA TESE!
Brrrrr....


Rsss...