domingo, 23 de março de 2008

Vanzoleso

O dublê de biólogo e músico Paulo Vanzolinni (84 anos) não obtem o mesmo sucesso em termos de análise política. Em entrevista de página inteira na Folha de São Paulo de ontem (Caderno Ciência. A-16), o autor de Ronda saiu-se com esta afirmação, mal embrulhada de seriedade: A Amazônia inteira quer derrubar a floresta. Principalmente o pessoal que vive lá mesmo. O único jeito seria diminuir a população, trancar a porta e jogar a chave fora. Não existe desenvolvimento sustentável. É uma besteira completa.

6 comentários:

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Seu blog é muito bom, informações, tem de sobra, gostei de vir visita-lo, Quanto a política gosto de saber um pouco, para não ficar apartada de tudo, neste Brasil piada.meu blog é marthacorreaonline.blogspot.com

Itajaí disse...

Obrigado pelo elogio, Marta. Farei uma visita ao seu blog. Volte sempre!

Carlos Barretto  disse...

Muito bom seu blog, garota. Vou acompanhá-lo com interesse.
Abs

Yúdice Andrade disse...

Evitarei comentários mais críticos, em respeito à provecta idade do Sr. Vanzolinni. Mas o que será que ele acharia se alguém dissesse que a solução para o
Rio de Janeiro seria jogar Napalm sobre os morros e eliminar completamente qualquer forma de vida que hoje ocupa as favelas? Também seria uma forma de diminuir a população.
Mas, enfim, é melhor ler uma asneira dessas do que ser cego.
Em tempo: eu detesto "Ronda".

Unknown disse...

Contra a correnteza.

Caros amigos, Vanzolini mantém esta afirmação há pelo menos 25 anos. Ouvi-a pessoalmente de seu amigo Aziz Ab'Saber, inquestionável inteligência da ciência brasileira.

A matéria completa está aqui.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u384648.shtml

E se alguém acha que não havia coisa melhor para fazer com os milhões que chegaram à Amazonia neste período - 25 anos - ou se alguém acha que não se deve à eles parte do que foi devastado na região, por favor assine embaixo da miséria de política pública que foi, e ainda é aplicada na Amazonia.
Reverter a tendência dos fluxos migratórios que acometem a região é uma imposição de qualquer política pública que se presuma, para economizar palavras, decente.

Abs.

Itajaí disse...

O problema está exatamente nas políticas públicas. A Amazônia nesse sentido tem recebido golpes profundos por anos. Desde Rockfeller, passando pelos governos militares e chegando ao dias atuais de escancarado desmatamento. Vale dizer que entre os mais deletérios agressores do meio ambiente da planície certamente não estão inscritos os ribeirinhos e roceiros. Chamemos os maiores agressores de grandes projetos, iniciado com a ICOMI e se resume hoje a farra do agronegócio e da sangria mineral promovida pela Vale.
O assunto, portanto, é delicadíssimo, sobretudo porque a crítica para ser coerente não pode negar a região e ao seu povo o desenvolvimento merecido e necessário, onde homem e natureza não se agridam mutuamente.
Quanto a Vanzolini nada pode ser feito, além de concluir que seu raciocínio sobre os destinos da Amazônia expressam exatamente o desprezo do colonizador pelo colonizado, que sempre foi o culpado para a métropole.